quarta-feira, 29 de julho de 2015

Mandato realiza plenária em Fortaleza

Plenária do vereador Deodato Ramalho: Sábado, 1º de agosto, às 15h, no Sindicato dos Comerciários (Av. Tristão Gonçalves, 803, Centro). Participe!


O vereador Deodato Ramalho (PT) convida  a militância e apoiadores(as) para a Plenária do Mandato que será realizada neste sábado, 1º de agosto, às 15h, no Sindicato dos Comerciários (Av. Tristão Gonçalves, 830 – Centro). O evento tem como pauta: a análise da conjuntura política, a avaliação do mandato e as próximas atividades a serem realizadas.

Ao longo de dois anos e meio, o mandato do vereador Deodato é reconhecido na cidade por defender causas relevantes, como as lutas por direitos humanos, por um meio ambiente equilibrado, por segurança, transporte, saúde e educação de qualidade. Deodato vem se destacando também como presidente da Comissão de Direitos Humanos, da Mulher, da Juventude, da Criança e do Idoso da Câmara de Fortaleza e líder da bancada do PT, na oposição à gestão do prefeito Roberto Cláudio.

terça-feira, 28 de julho de 2015

Greve: petroleiros paralisam produção


Dia de mobilização contra "desinvestimentos" na estatal e em repúdio ao projeto de José Serra para entrega do Pré-sal tem ampla adesão. Atividades também foram paralisadas em Fortaleza

Desde a zero hora desta sexta-feira (24/7), os petroleiros iniciaram a greve nacional de 24 horas, indicada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos e referendada em assembleias realizadas por todo o Brasil. A greve de advertência também está sendo realizada no Ceará, tendo sido aderida por trabalhadores das áreas operacionais e administrativas. No Estado, os trabalhadores não estão emitindo Permissões de Trabalho (PTs) nas plataformas marítimas, na Petrobras Biocombustível (PBIO), na Lubnor e no terminal da Transpetro. As manifestações começaram às 7h30, com apoio da CUT-CE.

A paralisação das atividades nesta sexta-feira é um protesto da categoria contra o novo Plano de Gestão e Negócios da Petrobrás referente aos anos de 2015/2019 e contra o PLS 131/2015, o projeto entreguista do senador José Serra (PSDB-SP), que pode tirar da Petrobras o papel de operadora única do Pré-sal. O Ceará, com intensa mobilização da CUT estadual, tem protagonizado a mobilização em defesa da causa. No último dia 22, foi lançada, em Fortaleza, a “Frente Ampla em Defesa do Pré-Sal – pelo Brasil, pela Educação e pela Petrobras!”.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Como pensa a elite brasileira


Por Antonio Lassance*

A elite brasileira comprou o livro de Piketty, O Capital no Século 21. Não gostou. Achou que era sobre dinheiro, mas o principal assunto é a desigualdade.

A elite brasileira é engraçada. Gosta de ser elite, de mostrar que é elite, de viver como elite, mas detesta ser chamada de elite, principalmente quando associada a alguma mazela social. Afinal, mazela social, para a elite, é coisa de pobre.

A elite gosta de criticar e xingar tudo e todos. Chama isso de liberdade de expressão. Mas não gosta de ser criticada. Aí vira perseguição.

Quando a elite esculhamba o país, é porque ela é moderna e quer o melhor para todos nós. Quando alguém esculhamba a elite, é porque quer nos transformar em uma Cuba, ou numa Venezuela, dois países que a elite conhece muito bem, embora não saiba exatamente onde ficam.

sábado, 25 de julho de 2015

Carta do Ceará Contra a Terceirização


Ao término da Audiência Pública sobre o projeto de lei em tramitação no Senado Federal sobre a terceirização do trabalho, realizada no dia 21 de julho, em Fortaleza, foi apresentado e aprovado o seguinte documento:

O Senador Paulo Paim, o Fórum Nacional em Defesa dos Direitos dos Trabalhadores ameaçados pela Terceirização, e todas as entidades aqui reunidas, em Audiência Pública proposta pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal e da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, afirmam seu repúdio ao atual texto aprovado pela Câmara dos Deputados relativo ao PL 4330/2004, agora nominado no Senado PLC 30/2015, que corresponde a uma radical reforma trabalhista supressora dos direitos conquistados na luta, sob o eufemismo da contratação de empresas especializadas. No limite, teremos empresas sem empregados e trabalhadores sem direitos.

A defesa do projeto fundamenta-se na geração de postos de trabalho quando as evidências empiricas demonstram em contrário e que a criação destes é resultado do dinamismo econômico, além disso, se apoiam na tese de maior eficiência e ganhos de produtividade para justificar essa forma de contratação predatória.

Entretanto, o que se observa é que a terceirização instituiu uma nova dinânica degradando o trabalho, interferindo nas relações de solidiariedade entre os trabalhadores e fragmentando a organização sindical.

sexta-feira, 24 de julho de 2015

AE-CE promove formação política


A Articulação de Esquerda, tendência interna nacional do Partido dos Trabalhadores, realizou no último sábado, 18 de julho, estudo com integrantes e simpatizantes no Ceará. O estudo foi coordenado pela Secretária de Formação da direção estadual da AE e ocorreu com base nas resoluções de seu 2º Congresso Nacional, realizado de 2 a 5 de abril deste ano, em São Paulo. Foram estudadas as partes relativas à conjuntura nacional e à organização da corrente. Os documentos podem ser obtidos na íntegra no sítio Página 13 ou, na versão impressa completa em livros, no escritório político do vereador Deodato Ramalho (Av. Universidade, 2384, Benfica - Fortaleza).

quinta-feira, 23 de julho de 2015

No olho do furacão


Quando o pior e o melhor ainda estão por vir

O secretariado nacional da tendência petista Articulação de Esquerda, reunido no dia 18 de julho de 2015, aprovou a seguinte resolução política:

1. Está em curso uma profunda crise no país. Não é provável que esta crise prolongue-se indefinidamente. Seja por decisão das forças políticas, seja devido ao agravamento da situação econômica e social (com destaque para o crescimento do desemprego), seja por ação de algum catalizador casual, tudo indica que estamos nos aproximando de um momento de desfecho desta crise.

2. A esquerda, especialmente o Partido dos Trabalhadores, precisa tomar consciência deste fato e agir em conformidade com a gravidade da hora. As opções hegemônicas no governo e a atitude catatônica e abúlica de setores da direção partidária estão criando as condições para um desastre de imensas proporções.

3. A militância petista e os setores democráticos e populares estão convocados a, como ocorreu no segundo turno das eleições presidenciais de 2014, viabilizar por sua própria iniciativa uma solução e arrastar atrás de si as parcelas da direção e do governo que não fazem o que lhes é devido.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Movimentos formam Frente em Defesa do Pré-Sal


Plenária em defesa do interesse nacional na gestão do petróleo acontece nesta quarta-feira, 22/7, na Apeoc

Diante da ameaça de mudança no regime de partilha para exploração do Pré-Sal os movimentos sociais estão constituindo uma Frente Ampla em Defesa do Pré-Sal – pelo Brasil, pela Educação e pela Petrobrás. Veja o documento abaixo:

CONVITE – CONVOCATÓRIA 

“Frente Ampla em Defesa do Pré-Sal” – pelo Brasil, pela Educação e pela Petrobrás!

Nas últimas semanas, o Congresso Nacional discutiu diversos temas que ferem, diretamente, a classe trabalhadora e a juventude brasileiras: projeto de lei da terceirização  (PL 4330), redução da maioridade penal (PEC 171/1993), alteração do regime de exploração do pré-sal (PLS 131/2015).

Destes temas, o que a grande mídia atualmente coloca em evidência é o Projeto de Lei do Senado (PLS 131/2015), de autoria do Senador José Serra (PSDB-SP), que propõe a alteração do Regime de Partilha e exploração do Pré-Sal.

terça-feira, 21 de julho de 2015

Caravana contra a terceirização em Fortaleza


A audiência pública na Assembleia Legislativa do Ceará está agendada para o dia 21 de julho de 2015, ás 10h da manhã

O Projeto de Lei da Terceirização está no Senado e agora tem o número PLC 30/15. Através de uma iniciativa da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado (CDH), presidida pelo senador Paulo Paim, uma comitiva de senadores está percorrendo o país fazendo debates nas Assembleias Legislativas. A iniciativa já passou por estados do sul e sudeste e agora chega ao Ceará. A audiência para discutir o tema está agendada para o dia 21 de julho de 2015, às 10 horas da manhã, e vai contar com a presença de várias entidades de classe.

Para o senador e presidente da CDH, Paulo Paim, as audiências estão enfatizando a crueldade do projeto de terceirização, e a pressão e mobilização feitas pela sociedade organizada servem para mostrar que a terceirização precariza e desmonta o mundo do trabalho. “Você não vai saber mais quem é metalúrgico, bancário, comerciário, professor, enfermeiro, porque um escritório qualquer cria uma empresa que contrata os trabalhadores e, a partir dali, por seu livre arbítrio, começa a mandá-los para as áreas de produção. Essas empresas desconhecem o que manda a Constituição e a CLT [Consolidação das Leis do Trabalho]”.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

10 coisas sobre o Mais Médicos que a mídia convencional não vai contar para você

O médico Juan Delgado é agredido por colegas em sua chegada;
à direita, Dilma pede desculpas oficiais em nome do governo

Por Cynara Menezes

Há exatos dois anos, no dia 8 de julho de 2013, o Brasil foi tomado por uma onda de ira corporativista contra um projeto que visava ampliar a oferta de médicos especializados em saúde da família no País. Naquele dia, o governo baixou a MP (Medida Provisória) criando o programa Mais Médicos, que previa a importação de médicos de diversos países, inclusive cubanos. O CFM (Conselho Federal de Medicina) e a oposição ao governo tentaram, de todas as formas, impedir que os estrangeiros viessem suprir a carência de profissionais em áreas rejeitadas pelos médicos brasileiros.

Médicos cubanos chegaram a ser vaiados e insultados por colegas em sua chegada no aeroporto de Fortaleza (CE), em uma atitude que surpreendeu os dirigentes da OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde), parceira do governo federal no programa. “Nunca pensei que fosse chegar a este extremo de preconceito e até racismo, que fossem dizer que as médicas cubanas pareciam empregadas domésticas, que os médicos negros deveriam voltar para a África ou que eram guerrilheiros disfarçados”, lamenta o representante da OPAS/OMS no Brasil, Joaquín Molina.

Neste meio tempo, sempre que a mídia brasileira noticiou o programa foi para contar quantos cubanos fugiram para Miami ou os erros que porventura cometeram, ainda que nunca tenha se concretizado nenhuma condenação. Molina se queixa que, cada vez que era procurado pelos jornais para defender o programa, ganhava um parágrafo na reportagem, contra dez do presidente do CFM atacando a ideia. “Pessoalmente, acho que a mídia brasileira privilegia a notícia ruim. Nunca vi uma manchete positiva neste país”, critica.

Reuni neste post 10 pontos que a imprensa não destacou para que as pessoas possam conhecer melhor o programa Mais Médicos. Confira.

1. O número de médicos na atenção básica à população na rede pública do País foi ampliado em 36%: tinha cerca de 40 mil antes do programa e ganhou 14.462 profissionais, entre eles 11.429 cubanos e 1.187 com diplomas de outros países. A lei priorizou os brasileiros, mas apenas 1.846 se inscreveram na primeira convocatória. Este ano, a situação se inverteu e 95% das 4.146 vagas foram ocupadas por médicos brasileiros.

UPDATE: o ministério da Saúde informou que o número atualizado é de 18.240 médicos no programa.

sábado, 18 de julho de 2015

Stédile: "Precisamos de uma frente com um projeto alternativo ao da burguesia"


João Pedro Stedile, do MST, analisa o momento pelo qual passa a sociedade brasileira e aponta os desafios que os setores progressistas devem enfrentar

Liderança do MST, maior movimento popular do campo no Brasil, João Pedro Stedile vê um cenário difícil e complexo para a classe trabalhadora, “um período de confusões que não se resolverá a curto prazo”.

Para ele, as dificuldades de cenário fazem com que, “de um lado, o povo vê todos os dias a burguesia tomando iniciativas contra ele, e um governo inerte e incapaz. E de nossa parte, não conseguimos chegar até a “massona” com nossas propostas, até porque a mídia é controlada pela burguesia”.

Em entrevista ao Brasil de Fato, Stedile apontou como enxerga as movimentações do governo, das elites e dos setores populares. Criticou o ajuste fiscal que o segundo mandato de Dilma vem implementando e reconheceu a necessidade e os desafios em se elaborar uma proposta política alternativa unitária ao que está posto: “Se o governo não mudar de rumo, ele continuará se afundando ainda mais na impopularidade e na incapacidade de sair da crise”.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Quem juntará os cacos do Brasil?


Por Tereza Cruvinel

Prossegue em marcha batida a depredação do Brasil para livrá-lo de Dilma, da volta de Lula e de governos do PT. O juiz Moro forçou a mão para justificar a prisão dos presidentes das duas maiores empreiteiras mas quem se arrisca a dizer isso? Este foi apenas um estrépito agudo dentro do bombardeio contínuo das estruturas políticas e econômicas do país. O governo tragado pela vertigem dos problemas, alguns criados por ele mesmo, ministra antitérmicos para uma infecção que se generaliza. A oposição, ao invés de se apresentar como alternativa responsável para o próximo rodízio, lança coquetéis molotov. O Congresso, enquanto isso, disputa nacos de orçamento e segue em sua agenda regressiva. Não sobrou ninguém, nenhuma espécie de “bom senso futebol clube” para fazer um chamado à razão. E depois do crash, quem juntará os cacos do Brasil espatifado para recomeçarmos?

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Texto base da 4ª Conferência Nacional de Mulheres da Articulação de Esquerda

A 4ª Conferência de Mulheres da tendência petista Articulação de Esquerda foi convocada para os dias 24 a 26 de julho de 2015, em Brasília. Confira o Regulamento

Abaixo, o texto base que será utilizado como subsídio às discussões. Recomenda-se utilizar também como subsídio a Resolução sobre Mulheres aprovada no 2º Congresso da AE



TEXTO BASE DA 4ª CONFERÊNCIA NACIONAL DE MULHERES DA AE


1.   A construção do feminismo no PT

1.1.  O socialismo petista e as mulheres

A luta pela libertação das mulheres é um componente fundamental da luta para construção de uma nova sociedade: o socialismo. O III Congresso Nacional do PT reafirmou o caráter socialista do partido, reconhecendo a centralidade das contradições de gênero, de raça e de classe no processo de dominação capitalista e a manifestação dessas contradições no interior da classe trabalhadora, um passo fundamental para construirmos a identidade política das mulheres, de negras/os e de trabalhadoras/es na luta pelo socialismo.

A reafirmação da perspectiva socialista recoloca, necessariamente, na pauta do partido a retomada da formulação da correlação intrínseca entre feminismo e socialismo; a afirmação da democracia como elemento fundamental da política, a superação do machismo, do racismo, da lesbofobia e transfobia e de todas as formas de preconceito e discriminação requerem comprometimento e apoio efetivo do PT.

A perspectiva de um feminismo socialista não dissocia a luta pela superação da opressão sexual da necessidade de profundas mudanças sociais e da ruptura com as brutais desigualdades de classe e étnico-raciais. Por esta razão, consideramos indispensável que o partido se identifique, de forma efetiva, com a subversão dos padrões, dinâmicas e valores que se fundam na hierarquia opressora das relações entre mulheres e homens que permeiam a sociedade e mantêm a lógica de opressão, envolvendo toda a população nos dois polos desta contradição.


quarta-feira, 15 de julho de 2015

Tempos de emergência, soluções de emergência

Saiu o Página 13 de Julho


Esta edição de Página 13 contém vários artigos que deixam clara a gravidade da situação política nacional e a necessidade urgente da direção nacional do PT sair da apatia e convocar uma jornada de mobilização nacional, para que a denúncia do golpismo da direita não fique apenas na retórica.

Pelo mesmo motivo, apelamos à presidenta Dilma para que politize sua proverbial coragem. Não basta falar duro e firme contra o golpismo. É preciso mudar a política econômica, já! Pois com esta política econômica, é muito difícil mobilizar o povo em defesa da democracia.

Tragicamente, setores importantes do Partido atuam no sentido contrário ao necessário.

terça-feira, 14 de julho de 2015

Manifesto em defesa da democracia, dos direitos e das reformas populares


Com cerca de 2 mil assinaturas individuais e a adesão de mais de 50 movimentos e organizações, manifesto divulgado no início do mês segue recebendo assinaturas. A iniciativa partiu de militantes de movimentos sociais e partidos empenhados na construção de uma frente popular, democrática e de esquerda.

Adesões podem ser feitas (indicando nome, sobrenome, profissão e/ou entidade) por meio do endereço assinaturamanifesto@gmail.com


Manifesto

Nós, militantes de movimentos populares, sindicais, pastorais e partidos políticos, manifestamos o que segue:

1. Não aceitaremos a quebra da legalidade democrática, sob que pretexto for.

2. O povo brasileiro foi as urnas e escolheu, para um mandato de quatro anos, a presidenta da República, 27 governadores de estado, os deputados e deputadas que compõem a Câmara dos Deputados e as Assembleias Legislativas, assim como elegeu para um mandato de 8 anos 1/3 do Senado Federal. Os inconformados com o resultado das eleições ou com as ações dos mandatos recém-nomeados têm todo o direito de fazer oposição, manifestar-se e lançar mão de todos os recursos previstos em lei. Mas consideramos inaceitável e nos insurgimos contra as reiteradas tentativas de setores da oposição e do oligopólio da mídia, que buscam criar, através de procedimentos ilegais, pretextos artificiais para a interrupção da legalidade democrática.

3. O povo brasileiro escolheu, em 1993, manter o presidencialismo. Desde então, a relação entre o presidente da República e o Congresso Nacional já passou por diversas fases. Mas nunca se viu o que se está vendo agora: a tentativa, por parte do presidente da Câmara dos Deputados, às vezes em conluio com o presidente do Senado, de usurpar os poderes presidenciais e impor, ao país, uma pauta conservadora que não foi a vitoriosa nas eleições de 2014. Contra esta maioria eventual que no momento prevalece no Congresso Nacional – disposta a aprovar uma reforma política conservadora, a redução da maioridade penal, a violação da CLT via aprovação do PL 4330, a alteração na Lei da Partilha, dentre tantas outras medidas – convocamos o povo brasileiro a manifestar-se, a pressionar os legisladores, para que respeitem os direitos das verdadeiras maiorias, a democracia, os direitos sociais, os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, os direitos humanos, os direitos das mulheres, da juventude, dos negros e negras, dos LGBTT, dos povos indígenas, das comunidades quilombolas, o direito ao bem-estar, ao desenvolvimento e à soberania nacional.

4. A Constituição Brasileira de 1988 estabelece a separação e o equilíbrio entre os poderes. Os poderes Executivo e Legislativo são submetidos regularmente ao crivo popular. Mas só recentemente o poder Judiciário começou a experimentar formas ainda muito tímidas de supervisão, e basicamente pelos seus próprios integrantes. E esta supervisão vem demonstrando o que todos sabíamos desde há muito: a corrupção, o nepotismo, a arbitrariedade e os altos salários são pragas que também afetam o Poder Judiciário, assim como o Ministério Público. O mais grave, contudo, é a disposição que setores do Judiciário e do Ministério Público vem crescentemente demonstrando, de querer substituir o papel dos outros poderes, assumir papel de Polícia e desrespeitar a Constituição. Convocamos todos os setores democráticos a reafirmar as liberdades constitucionais básicas, entre as quais a de que ninguém será considerado culpado sem devido julgamento: justiça sim, justiceiros não!

5. A Constituição Brasileira de 1988 proíbe a existência de monopólios na Comunicação. Apesar disto, os meios de comunicação no Brasil são controlados por um oligopólio. Contra este pequeno número de empresas de natureza familiar, que corrompe e distorce cotidianamente a verdade, a serviço dos seus interesses políticos e empresariais, chamamos os setores democráticos e populares a lutar em defesa da Lei da Mídia Democrática, que garanta a verdadeira liberdade de expressão, de comunicação e de imprensa.

6. Um consórcio entre forças políticas conservadoras, o oligopólio da mídia, setores do judiciário e da Polícia trabalha para quebrar a legalidade democrática. Aproveitam-se para isto de erros cometidos por setores democráticos e populares, entre os quais aqueles cometidos pelo governo federal. Os que assinam este Manifesto não confundem as coisas: estamos na linha de frente da luta por mudanças profundas no país, por outra política econômica, contra o ajuste fiscal e contra a corrupção. E por isto mesmo não aceitaremos nenhuma quebra da legalidade.

7. Concluímos manifestando nossa total solidariedade à luta do povo grego por soberania, democracia e bem-estar, contra as imposições do capital financeiro transnacional.

Em defesa dos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras!

Em defesa dos direitos sociais do povo brasileiro!

Em defesa da democracia!

Em defesa da soberania nacional!

Em defesa das reformas estruturais e populares!

Em defesa da integração latino-americana!


Brasil, 1 de julho de 2015


segunda-feira, 13 de julho de 2015

Em defesa da Petrobrás e do pré-sal


No próximo dia 24, a FUP e seus sindicatos convocam os petroleiros para uma greve nacional de 24 horas, contra o novo plano de Gestão e Negócios aprovado pelo Conselho de Administração da Petrobrás, que prevê cortes de 89 bilhões de dólares nos investimentos e despesas da empresa, além de venda de ativos que poderá reduzir em 57 bilhões o patrimônio da estatal. Isso significará o desmantelamento do Sistema Petrobrás, colocando em risco empregos, direitos e conquistas sociais. A BR já está em processo de abertura de capital  e outros ativos estratégicos serão entregues ao mercado, se os trabalhadores não barrarem esse ataque.

Por isso, os petroleiros que participaram da 5ª Plenafup, realizada entre os dia 01 e 05 de julho, em Guararema (SP), aprovaram por unanimidade que a prioridade da categoria é a luta em defesa da Petrobrás e do pré-sal. A Plenária acolheu as pautas de reivindicações aprovadas nos congressos regionais, que foram encaminhadas para discussão em um Conselho Deliberativo ampliado, que a FUP e seus sindicatos realizarão na primeira semana de agosto, em Brasília.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Resoluções da Executiva da CUT


A direção Executiva da CUT, em reunião ampliada no dia 30 de junho em São Paulo, avaliou, com renovada preocupação, os desdobramentos da crise que atinge a sociedade brasileira. É uma crise econômica e política, com graves consequências na área social e que requer da Central um posicionamento firme, nestes dois campos, para combater a restauração neoliberal e o retrocesso político promovidos pelos setores hegemônicos das classes dominantes e, ao mesmo tempo, fazer a defesa dos interesses da classe trabalhadora. Para enfrentar este desafio, só temos um caminho: o da luta. Luta que deve ocupar  os espaços possíveis, dos locais de trabalho às ruas, dos sindicatos às galerias e gabinetes do Congresso, dos meios de comunicação tradicionais às redes sociais.

A CUT reafirma sua posição contrária à política econômica  comandada pelo Ministro Levy para combater a crise, pelo seu caráter regressivo e recessivo. Mantida a atual política macroeconômica, o país caminhará para um período longo de recessão, em que a classe trabalhadora perderá as conquistas obtidas nos últimos 12 anos e a economia brasileira ficará subordinada aos interesses hegemônicos do capital financeiro e das empresas transnacionais.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Resolução Política da Executiva Nacional do PT

Reunida em São Paulo no dia 25 de junho de 2015, a Comissão Executiva Nacional do PT analisou a conjuntura recente do País e aprovou a seguinte resolução política:

1. Prossegue a ofensiva conservadora da oposição, da mídia monopolizada e de agentes públicos, com o nítido objetivo de enfraquecer o governo Dilma, criminalizar o PT e atingir a popularidade do ex-presidente Lula.

2. Tão grave quanto as tentativas de reduzir a maioridade penal, de realizar uma contra-reforma do sistema político-eleitoral e de comprometer o sentido progressista do Plano Nacional de Educação, é a ação ilegal, antidemocrática e seletiva de setores do Judiciário, do Ministério Público e da Polícia Federal no âmbito da Operação Lava-Jato.

3. O PT, que sempre esteve na linha de frente do combate à corrupção, é favorável à apuração de qualquer crime envolvendo apropriação privada de recursos públicos e eventuais malfeitos em governos, empresas públicas ou privadas, bem como a punição de corruptos e corruptores.

4. Mas o PT não admite que isso seja realizado, como agora, fora dos marcos do Estado Democrático de Direito. Se o princípio de presunção de inocência é violado, se o espetáculo jurídico-político-midiático se sobrepõe à necessária produção de provas para inculpar previamente réus e indiciados; se as prisões preventivas sem fundamento se prolongam para constranger psicologicamente e induzir denúncias, tudo isso que se passa às vistas da cidadania, não é a corrupção que está sendo extirpada. É um estado de exceção sendo gestado em afronta à Constituição e à democracia.

terça-feira, 7 de julho de 2015

Que a valentia grega nos inspire!!!


A maioria do povo grego, manifesta em referendo realizado no domingo 5 de julho, disse um rotundo não à proposta feita pela “troika”, respaldando portanto a postura do governo grego.

O governo grego, encabeçado por Alexis Tsipras do partido Syriza, vem há meses negociando com as autoridades europeias. Em nenhum momento o governo grego recusa pagar a dívida. Ao contrário, argumenta que as propostas da “troika” destroem a economia grega e portanto impedem o pagamento da dívida.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

15ª Jornada de Formação Política da AE


A construção de uma cultura socialista de massas supõe uma ação permanente na luta teórica e na luta ideológica, um esforço constante para articular as dimensões individual e coletiva do trabalho de produzir teorias, elaborar políticas e materializá-las na ação prática da organização partidária.

Como parte deste processo, pela décima quinta vez, nos reuniremos para estudar, refletir e debater. Em Brasília (DF), nos dias 18 a 24 de julho de 2015, realizaremos mais uma Jornada Nacional de Formação Política da tendência petista Articulação de Esquerda.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Jorge Furtado: Quando o fascismo cresce, silenciar é ser cúmplice

Jorge Furtado
Artigo do cineasta Jorge Furtado

Fiquei muitos meses sem escrever por aqui, por excesso de trabalho e por achar que o debate político estava tão alterado que a atitude mais sábia era o silêncio. Esperava que os derrotados das eleições fizessem o mesmo, deixassem passar os primeiros meses do novo governo para cobrar resultados. Meu volume de trabalho não diminuiu, na verdade cresceu, e os derrotados não esperaram nem um dia para subir ainda mais o volume e a grosseria das críticas, muitos pregam em voz alta, sem qualquer pudor, a volta da ditadura militar ou qualquer outro golpe que lhes devolva o poder que perderam nas urnas.

Volto a escrever sobre política porque o crescimento da direita, da intolerância, do fascismo, da ignorância e da homofobia, transforma os calados em cúmplices. A história ensina que os inimigos da democracia se utilizam da frustração e dos anseios legítimos da sociedade, das pessoas de boa fé, para chegar ao poder, e então passam a exercê-lo com tirania, perseguindo minorias, promovendo a intolerância e a violência. E aí é tarde demais para combatê-los pacificamente.

Não é possível ficar quieto quando o congresso é dominados pelo que há de pior na sociedade brasileira, bandidos e falsos pastores, achacadores em nome de Cristo, picaretas envolvidos em todo tipo de falactrua, legislando em causa própria, manobrando votações, chantageando empresários para garantir seu butim, promovendo cultos religiosos no plenário, fomentando a homofobia e a ignorância. O atual congresso brasileiro, comandado por Renan Calheiros e Eduardo Cunha, ambos investigados por uma dúzia de crimes e toda sorte de imoralidades, é uma vergonha para o país.