quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Centrais sindicais organizam nova paralisação geral em 25 de novembro


Em Fortaleza, a concentração do protesto começa às 8h, na Praça Portugal

As centrais sindicais e os movimentos populares organizam para este mês de novembro uma série de atos contra os retrocessos do governo não eleito de Michel Temer. No próximo dia 25 de novembro, as centrais promoverão, após os atos em todo o país no último dia 11, mais um Dia Nacional de Luta por Direitos.

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Congresso da AE apresenta proposta para o PT

Foto: Yuri Soares

Entre os dias 12 e 15 de novembro de 2016, em São Paulo, na sede nacional do PT, realizou-se o 3º Congresso da tendência petista Articulação de Esquerda. Segue a resolução política que visa a contribuir com os debates do 6º Congresso do Partido dos Trabalhadores.

Para acessar as resoluções aprovadas, acesse o Página 13

Defender os direitos e derrotar o golpismo
Em luta por um Brasil democrático-popular e socialista

Contribuição da tendência petista Articulação de Esquerda aos debates do 6º Congresso do Partido dos Trabalhadores

Introdução

1. O Partido dos Trabalhadores realizará nos dias 7, 8 e 9 de abril de 2017, seu 6º Congresso Nacional. Em pauta, o cenário internacional e nacional, o balanço dos governos nacionais petistas, a estratégia política e o programa, o funcionamento do PT e a organização partidária, nossa tática frente ao governo golpista e em defesa dos direitos do povo brasileiro, nossa relação com os diferentes setores democráticos, populares e de esquerda.

2. Em pauta, portanto, o balanço do que somos e fizemos. Não como ato ritual, mas porque a discussão sobre nossa tática, programa, estratégia e funcionamento exige um olhar atento sobre o passado e sobre o presente. Trata-se, por um lado, de revisitar a história recente do Brasil, especialmente entre 1º de janeiro de 2003 e 31 de agosto de 2016. Trata-se, por outro lado, de analisar como estão, nos dias de hoje, o país e o mundo. Esta dupla operação, de balanço do período e análise da situação, é pressuposto necessário para a construção de nossas definições políticas e organizativas. Ademais, é componente imprescindível de nossa ação prática e teórica as intensas mobilizações contra o golpe e pelo Fora Temer desde 2015 até hoje, a ocupação de escolas e as ações do Dia Nacional de Greve. Sem esta resistência, qualquer formulação sobre o que fazer se tornaria vazia de sentido e de conteúdo.

3. Ao participar do 6º Congresso, o conjunto do Partido dos Trabalhadores e cada um de seus militantes, filiados e simpatizantes devem ter plena consciência de suas responsabilidades. Assim como fomos depositários de imensas esperanças, hoje somos objeto de imensas frustrações. Cabe ao debate congressual separar o joio do trigo, combinar crítica e autocrítica, reconhecer nossos erros e reafirmar nossos acertos. Certamente haverá, entre nossos inimigos e adversários, quem se aproveitará desta ou daquela frase para atacar nosso Partido. Não importa: quem está seguro da justeza de sua luta, não teme a autocrítica. Ademais, reconhecer os erros e ajustar contas com práticas e concepções errôneas é, para um partido de esquerda, um processo de aprendizagem coletiva, algo que devemos à classe trabalhadora, ao povo brasileiro, às gerações que lutaram antes de nós e especialmente às que virão.

4. O 6º Congresso do PT não é um ponto final; é uma etapa importante do processo que levará a classe trabalhadora, as forças populares, democráticas e de esquerda, a governar novamente o Brasil. Aos amigos que dizem que “passou o tempo do PT”, respondemos com paciência: se isto fosse verdade, a classe dominante brasileira não teria como a maior de suas prioridades atacar nosso Partido. Aos inimigos que pretendem nos destruir, contestamos com vigor: como de outras vezes, a esquerda brasileira saberá dar a volta por cima e retornar mais forte e comprometida com a luta por uma sociedade sem opressão nem exploração.

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

16ª Jornada Nacional de Formação Política da AE


A construção de uma cultura socialista de massas supõe uma ação permanente na luta teórica e na luta ideológica, um esforço constante para articular as dimensões individual e coletiva do trabalho de produzir teorias, elaborar políticas e materializá-las na ação prática da organização partidária.

Como parte deste processo, nos reuniremos novamente para estudar, refletir e debater. Em Guararema (SP), nos dias 22 a 28 de janeiro de 2017, realizaremos a 16ª edição da Jornada Nacional de Formação Política da tendência petista Articulação de Esquerda.

A Jornada destina-se ao público filiado e simpatizante do PT em geral, não apenas à militância da tendência.

Serão oferecidos quatro cursos: 1) Estudo das resoluções do PT e da AE; 2) Lutas de massas e socialismo (mulheres, juventude, sindical, combate ao racismo, LGBT, questão agrária, questão ambiental, questão urbana, saúde); 3) Planejamento, propaganda e coordenação de campanhas eleitorais; e 4) Estudo de O Capital e do método dialético.

Clique no link abaixo para ver a programação completa da Jornada:

16ª Jornada Nacional de Formação Política - programação

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Confira a nova edição do jornal Página 13


Baixe o jornal:

Página 13 n. 157, out.-nov. 2016

Ou leia online: Página 13 n. 157, out.-nov. 2016


Editorial

Dias decisivos

Esta edição do jornal Página 13 foi editada e publicada em dias decisivos para a esquerda brasileira.

No dia 4 de novembro, a Escola Nacional Florestan Fernandes foi atacada pela Polícia do estado de São Paulo, supostamente como parte de uma operação realizada em vários estados para prender militantes do movimento. Tiros disparados, agressões físicas, ilegalidades de todo tipo. Até o momento em que escrevemos este editorial, o governador tucano Geraldo Alckmin não pediu desculpas ao MST. Coincidência: neste mesmo dia, a esquerda homenageava Carlos Marighella, herói do povo brasileiro.

No dia 5 de novembro, também na Escola Nacional Florestan Fernandes, um ato internacionalista, com a presença de militantes de dezenas de países e representantes de toda a esquerda brasileira expressaram sua solidariedade ao MST. Coincidência: neste mesmo dia, noutro lugar do Brasil, marcava-se um ano do crime social e ambiental ocorrido em Mariana, Minas Gerais.

No dia 6 para o dia 7 de novembro, completam-se 99 anos da revolução russa de 1917.

No dia 9 de novembro, realiza-se em São Paulo um ato nacional do movimento Muda PT, integrado por diversas tendências partidárias, entre as quais a Articulação de Esquerda. O ato tem como objetivo reclamar a realização de um congresso plenipotenciário do Partido dos Trabalhadores, para realizar um balanço, debater um novo programa e estratégia, eleger uma nova direção.

No dia 10 de novembro, na Casa de Portugal, na capital paulistana, lideranças de movimentos sociais, sindicatos e partidos políticos lançarão uma campanha em defesa da democracia, do estado de direito e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, intitulada “Por um Brasil justo pra todos e pra Lula”.

No dia 11 de novembro, o Diretório Nacional do PT decidirá – em reunião iniciada na véspera – a data, a pauta, o caráter e o mecanismo de eleição dos delegados e delegadas ao 6º Congresso Nacional do Partido dos Trabalhadores.

Também no dia 11 de novembro, a CUT e demais centrais sindicais chamaram o “Dia Nacional de Greve”. Entre os motivos para a ação, podemos citar: a PEC 241 (agora renomeada no Senado PEC 55), a defesa do Pré-Sal contra o disposto no PL 4567/2016, a luta contra a reforma da previdência e o PL 4330 (agora renomeado no Senado PLC 30) da terceirização.

No dia 12 de novembro e até o dia 15 de novembro, terá início o 3º Congresso da tendência petista Articulação de Esquerda. Em pauta, o balanço do período, o programa e a estratégia do Partido dos Trabalhadores, a tática da esquerda brasileira na atual conjuntura nacional e internacional. No dia 15 de novembro, acontece a Conferência Nacional de Mulheres da AE.

Esperamos que esta edição de Página 13 contribua para a militância que estará envolvida em todas estas atividades. Como dissemos já no início de 2015, precisamos de um partido para tempos de guerra. E numa guerra desigual, faz toda a diferença dispor de combatentes não apenas motivados, mas também com clareza sobre o que está em jogo.


Página 13

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Dia Nacional de Greve em 11 de novembro


Centrais sindicais e movimentos populares estão convocando manifestação nacional contra medidas do governo golpista

Em oposição à reforma da Previdência, à reforma trabalhista e à PEC 241, as oito centrais sindicais definiram uma data para a greve geral: 11 de novembro. A ideia é que, neste dia, as categorias façam paralisações totais ou parciais, ou seja, de pelo menos hora.

O ato fará parte da Jornada de Lutas Contra a Retirada de Direitos no país, um calendário nacional de mobilização e paralisações contra as reformas propostas pelo governo de Michel Temer, elaborado em reunião na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT).