sexta-feira, 31 de outubro de 2014
Comemoração e luta!
Balanço do processo eleitoral e os desafios do segundo mandato de Dilma
A direção nacional da Articulação de Esquerda, reunida dia 27 de outubro, realizou um balanço do segundo turno das eleições de 2014 e opinou sobre quais devem ser as ações imediatas do campo democrático-popular e do governo Dilma Rousseff no sentido de consolidar a vitória e garantir um segundo mandato superior. O texto abaixo contém um resumo do que foi debatido e constitui um roteiro para discussão no Partido dos Trabalhadores e também junto ao conjunto da esquerda política e social que apoiou a reeleição da presidenta no segundo turno.
1. O povo brasileiro, a classe trabalhadora, o campo democrático-popular e a esquerda socialista conseguiram reeleger Dilma Rousseff para presidir o Brasil até 31 de dezembro de 2018.
2. Nossa vitória foi comemorada por todos os setores democráticos, progressistas e de esquerda, no mundo e particularmente na América Latina e Caribe.
3. Comemoração por mais uma vez termos conseguido derrotar a direita, o oligopólio da mídia, o grande capital, seus aliados internacionais. Comemoração, porque este resultado foi obtido no fundamental graças à consciência de classe de importantes parcelas do nosso povo, à mobilização em grande medida espontânea da velha e da nova militância de esquerda. Comemoração, porque a campanha confirmou que o Partido dos Trabalhadores conta com duas grandes lideranças populares: o ex-presidente Lula e a presidenta Dilma.
4. Nas eleições de 2014, estava em jogo não apenas a continuidade e a possibilidade de aprofundamento de um processo iniciado em 2002, com a eleição de Lula. Estava em jogo, também, impedir ou não o retrocesso.
quinta-feira, 30 de outubro de 2014
Palestra de David Harvey em Fortaleza
Após atrair milhares de pessoas em sua última visita ao Brasil, David Harvey retorna ao país, entre 14 e 19 de novembro de 2014, para participar de debates e conferências gratuitos nas cidades de Brasília (14), Recife (17), Fortaleza (17), Curitiba (18) e São Paulo (19).
Os eventos marcam o lançamento de seu novo livro, Para entender O Capital: Livros II e III, guia de leitura – para iniciantes e iniciados – da obra máxima de Karl Marx. O livro chegará às livrarias junto com a aguardada edição da Boitempo do segundo volume de O Capital, considerada por estudiosos a versão definitiva do clássico de Marx. O Livro II ganha no Brasil textos adicionais inéditos selecionados por Rubens Enderle, especialista na obra de Marx e responsável pela tradução da obra diretamente do alemão, recentemente aclamada com o Prêmio Jabuti de tradução.
PROGRAMAÇÃO COMPLETA
► RECIFE
17 de novembro | segunda-feira | 10h30
► FORTALEZA
Dia 17 de novembro | segunda-feira | 19h
► CURITIBA
Dia 18 de novembro | terça-feira | 19h
► SÃO PAULO
Dia 19 de outubro | quarta-feira
Os eventos marcam o lançamento de seu novo livro, Para entender O Capital: Livros II e III, guia de leitura – para iniciantes e iniciados – da obra máxima de Karl Marx. O livro chegará às livrarias junto com a aguardada edição da Boitempo do segundo volume de O Capital, considerada por estudiosos a versão definitiva do clássico de Marx. O Livro II ganha no Brasil textos adicionais inéditos selecionados por Rubens Enderle, especialista na obra de Marx e responsável pela tradução da obra diretamente do alemão, recentemente aclamada com o Prêmio Jabuti de tradução.
PROGRAMAÇÃO COMPLETA
► RECIFE
17 de novembro | segunda-feira | 10h30
► FORTALEZA
Dia 17 de novembro | segunda-feira | 19h
► CURITIBA
Dia 18 de novembro | terça-feira | 19h
► SÃO PAULO
Dia 19 de outubro | quarta-feira
terça-feira, 28 de outubro de 2014
Discurso da vitória de Dilma Rousseff
Meus amigos e minhas amigas, chegamos ao final de uma disputa eleitoral que mobilizou intensamente as forças do nosso país. Como vencedora destas eleições históricas, tenho simultaneamente palavras de agradecimento e conclamação.
Agradeço ao meu companheiro de chapa e de todas as horas, meu vice Michel Temer. Agradeço aos partidos políticos e sua militância que sustentaram a nossa aliança e foram decisivos para a nossa vitória.
Agradeço a cada um e a cada uma dos integrantes desta militância combativa que foi a alma, que foi a força desta vitória. E agradeço sem exceção a todos os brasileiros e brasileiras.
Eu faço um agradecimento do fundo do meu coração ao militante número 1 das causas do povo e do Brasil, o presidente Lula.
Conclamo, sem exceção, a todas as brasileiras e a todos os brasileiros para nos unirmos em favor do futuro de nossa pátria, de nosso país e de nosso povo.
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
Artigo: Com certos “aliados”, inimigos pra quê?
Por Rafael Tomyama*
Os candidatos Camilo Santana (PT) e Eunício Olivera (PMDB) disputam o segundo turno da eleição para governador do Ceará. Uma diferença de apenas 60 mil votos separou os dois concorrentes, de um universo de mais de seis milhões de eleitores que foram às urnas no primeiro turno. O petista obteve 47,81% dos votos válidos e o peemedebista 46,41%.
Os números revelam que Camilo obteve melhores resultados no interior, especialmente no Cariri (região Sul do estado) e que Eunício venceu na região metropolitana de Fortaleza.
O desempenho não tão expressivo do candidato governista, na avaliação de seus correligionários, não é atribuído à desastrosa incompetência marqueteira de preferir atrelar inteiramente a imagem do candidato à do governador Cid Gomes (PROS), ao invés de privilegiar a associação com Dilma e Lula (PT). A candidata Dilma teve 68,3% dos votos no Ceará.
Os candidatos Camilo Santana (PT) e Eunício Olivera (PMDB) disputam o segundo turno da eleição para governador do Ceará. Uma diferença de apenas 60 mil votos separou os dois concorrentes, de um universo de mais de seis milhões de eleitores que foram às urnas no primeiro turno. O petista obteve 47,81% dos votos válidos e o peemedebista 46,41%.
Os números revelam que Camilo obteve melhores resultados no interior, especialmente no Cariri (região Sul do estado) e que Eunício venceu na região metropolitana de Fortaleza.
O desempenho não tão expressivo do candidato governista, na avaliação de seus correligionários, não é atribuído à desastrosa incompetência marqueteira de preferir atrelar inteiramente a imagem do candidato à do governador Cid Gomes (PROS), ao invés de privilegiar a associação com Dilma e Lula (PT). A candidata Dilma teve 68,3% dos votos no Ceará.
terça-feira, 21 de outubro de 2014
Educadores ambientais lançam manifesto em apoio à Presidenta Dilma 13
Segue manifesto lançado por educadores ambientais de todo Brasil em apoio a Dilma:
Educadores Ambientais com Dilma
O atual momento em que se encontra o processo político brasileiro exige posição. Com a eleição de uma bancada extremamente conservadora, nunca na história do país as pautas progressistas tiveram tantos ataques.
Nós educadores ambientais abaixo assinados, participantes de ONGs, Redes, Universidades, escolas e mais diferentes espaços sociais temos lado.
A sustentabilidade ambiental e os direitos humanos estão intrinsicamente conectados e defendemos que estes temas precisam estar internalizados nas políticas públicas.
Compreendemos a necessidade de avançarmos em muitos aspectos, mas não podemos negar as conquistas estabelecidas no último período, fruto de compromisso político e acima de tudo, a concretização de espaços de participação social que deram voz a diferentes atores sociais.
Por tudo isto, neste momento, defendemos a continuidade de iniciativas que tem transformado o Brasil na perspectiva da emancipação e da inclusão social.
terça-feira, 14 de outubro de 2014
Resolução da AE sobre o 2º turno
1. Acertamos ao prever que a eleição seria muito provavelmente resolvida no segundo turno e que seria duríssima. Hoje parece desnecessário insistir nisto, mas é bom lembrar que a subestimação dos adversários (“são anões políticos”) e o salto alto (vitória no primeiro turno) prevaleceu até 13 de agosto. Estes erros não podem repetir-se no segundo turno.
2. Os resultados do primeiro turno confirmam: embora Dilma saia com vantagem, o resultado da eleição presidencial não está garantido.
3. A candidatura Aécio Neves conta com o apoio da extrema-direita, do oligopólio da mídia, da especulação financeira e de potências estrangeiras. A frente reacionária em torno de Aécio vocalizará os interesses dos setores hegemônicos do grande capital, nacional e internacional. Contará, também, com o apoio de setores que apoiaram outras candidaturas presidenciais, como é o caso do PV, do Pastor Everaldo e do PSB. Aécio fará de tudo, legal ou ilegal, para tentar nos derrotar. Portanto, precisamos estar política, organizativa e psicologicamente preparados para três semanas de guerra.
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
Artigo de Valter Pomar: 2018
Em 2010, na campanha eleitoral, eu ouvi que o melhor controle social da mídia seria o controle remoto.
Acontece que o oligopólio da mídia tem várias cabeças, mas fala uma só língua. E de pouco adianta mudar o canal.
Em 2013, lá na Quadra dos Bancários, durante o ato de inauguração do XIX Encontro do Foro de São Paulo, eu ouvi que os jornais estariam superados, que o futuro seria digital etc e tal.
Acontece que as redes não são tão democráticas e neutras como parecem ser. E, sem redações permanentes de nosso lado, quem define a pauta é o lado de lá. E se jornais e revistas semanais fossem instrumentos dispensáveis na luta política, por quais motivos a classe dominante investe tanto nos seus?
Acontece que o oligopólio da mídia tem várias cabeças, mas fala uma só língua. E de pouco adianta mudar o canal.
Em 2013, lá na Quadra dos Bancários, durante o ato de inauguração do XIX Encontro do Foro de São Paulo, eu ouvi que os jornais estariam superados, que o futuro seria digital etc e tal.
Acontece que as redes não são tão democráticas e neutras como parecem ser. E, sem redações permanentes de nosso lado, quem define a pauta é o lado de lá. E se jornais e revistas semanais fossem instrumentos dispensáveis na luta política, por quais motivos a classe dominante investe tanto nos seus?
quinta-feira, 2 de outubro de 2014
Guarda alta, salto baixo e bandeira firme
1. As pesquisas divulgadas nesta reta final despertaram uma enorme euforia na militância petista e no eleitorado de Dilma. A euforia é merecida. Afinal, contrariando os prognósticos do oligopólio da mídia, Dilma lidera e vence em todos os cenários, tanto de primeiro quanto de segundo turno.
2. Não devemos, contudo, praticar o erro cometido nas eleições presidenciais de 2006 e 2010. Embora seja possível uma vitória no primeiro turno, o mais provável é que a disputa seja resolvida apenas no segundo turno.
3. Por isto, ao mesmo tempo que colocamos em tensão todas as nossas forças com o objetivo de obter a maior votação possível no dia 5 de outubro, também devemos estar política, organizativa e psicologicamente preparados para mais três semanas de campanha.
4. Não devemos, tampouco, repetir o erro do início desta campanha presidencial de 2014, a saber, subestimar os adversários. Quem quer que vá ao segundo turno contra nós, contará com o apoio da extrema-direita, do oligopólio da mídia, da especulação financeira e de potências estrangeiras, vocalizando os interesses dos setores hegemônicos do grande capital, nacional e internacional. Nossos inimigos farão de tudo, legal ou ilegal, para tentar nos derrotar. Portanto, ocorrendo segundo turno, será uma guerra, não um passeio.
5. Neste espírito, não devemos cometer a ingenuidade de “escolher adversário”. Sempre haverá raciocínios e cálculos para todos os gostos e sabores, a apontar as debilidades e os pontos fortes de uma ou de outra candidatura oponente. Quem quer que seja, entretanto, não pode ocorrer nenhuma mudança na linha de campanha adotada depois de 13 de agosto, a saber: mobilização máxima, politização máxima e máxima polarização programática. Linha válida tanto para esta reta final do primeiro turno como para um possível segundo turno.
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