quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Em resolução, Executiva do PT quer resistência antigolpista e ação ofensiva

Por Flávia Umpierre, da Agência PT de Notícias

A Comissão da Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores, reunida nesta terça-feira (26), em Brasília (DF), definiu entre as metas para o primeiro semestre deste ano o reforço da luta contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, mudanças na condução da política econômica e a saída de Eduardo Cunha (PMDB) da presidência da Câmara.

Leia a Resolução Política da Executiva Nacional do PT na íntegra:

A Comissão Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores, reunida em Brasília no dia 26 de janeiro de 2016, aprovou a seguinte resolução política:

A situação política do país continua marcada pela ofensiva dos setores conservadores, empenhados em desestabilizar o governo da presidente Dilma Rousseff, criminalizar o PT, o ex-presidente Lula e derrotar o campo democrático-popular. O cenário do final de ano, porém, foi marcado pela recuperação de terreno contra os partidos da oposição conservadora e de seus aliados, dentro e fora do parlamento.

A mobilização do dia 16 de dezembro, convocada pelas entidades que compõem a Frente Brasil Popular e a Frente Povo sem Medo, permitiu  ampliar a resistência das forças progressistas, erguendo poderosas barreiras ao movimento golpista liderado pela oposição de direita e pela mídia monopolizada.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Nota da CUT sobre a Previdência


Central é contra mudanças que retirem direitos e diz que idade mínima é inadmissível

A Central Única dos Trabalhadores afirma que o governo erra ao propor uma reforma na Previdência, porque esse não é o desejo da classe trabalhadora.

Pesquisa Vox Populi encomendada pela CUT no final do ano passado aponta que 88% dos entrevistados são contra mudanças na Previdência que possam penalizar o/a trabalhador/a. Apesar disso, fomos surpreendidos com declarações da presidenta Dilma Rousseff feitas à imprensa sobre a necessidade de mudanças, sinalizando, especialmente, que é preciso implantar a idade mínima para as aposentadorias.

sábado, 23 de janeiro de 2016

"Campanheiro" petista, com orgulho

Por Milton Pomar*

Parece haver um consenso sobre as eleições de 2016: serão as mais difíceis da história do PT. Quando ouço isso acho graça, porque me lembro da dificuldade que era fazer campanha petista, quando comecei profissionalmente nessa atividade, em 1986. Nesses 30 anos como “campanheiro” (termo que criei para me diferenciar dos “marqueteiros”), só atuamos em campanhas difíceis, a maioria delas com o candidato ou candidata iniciando “sem chance”. Essa sempre foi a nossa realidade, em todo o país, desde as primeiras campanhas do PT, em 1982.

As maiores dificuldades eram – e continuam sendo até hoje – a falta de dinheiro para propaganda e a massiva compra de votos pelos adversários. Sim, porque toda a lógica dessa imensidão de dinheiro nas campanhas dos capitalistas no Brasil se baseia na compra de votos. Os esquemas milionários que agora o país está conhecendo, de deputados federais eleitos em campanhas que custaram (oficialmente) seis a 12 milhões de reais, existem desde sempre como parte da engrenagem que viabiliza a eleição de figuras medíocres e em geral desconhecidas para vereadores(as), deputados(as) estaduais e federais, senadores(as) e governadores(as).

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

PT lança Manifesto por candidatura em Fortaleza


Dirigentes e parlamentares do Partido dos Trabalhadores lançaram um Manifesto por uma candidatura própria na eleição para Prefeitura de Fortaleza em 2016. O documento entitulado “O PT e a Cidade: por uma candidatura própria à Prefeitura de Fortaleza” foi aprovado por todas as forças que compõem a Executiva Municipal e apresentado numa entrevista coletiva à imprensa na tarde desta quinta-feira (21), na sede do PT Ceará.

O vereador Deodato Ramalho, líder da bancada petista na Câmara Municipal de Fortaleza, também esteve presente no Ato político e destacou a coerência do partido na oposição como um dos principais motivos para a candidatura própria do PT: “Desde o primeiro dia, fizemos oposição ao prefeito Roberto Cláudio. Temos que apresentar uma candidatura para buscar retomar o grande trabalho social que fizemos na cidade por oito anos e que a atual gestão está destruindo”, disse Deodato.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

AE: Conferência de Combate ao Racismo

Tendência petista Articulação de Esquerda realiza sua 1ª Conferência Nacional de Combate ao Racismo



A 1ª Conferência Nacional de COMBATE AO RACISMO da tendência petista Articulação de Esquerda será realizada nos dias 23 e 24 de janeiro de 2015, na cidade de Guararema / SP, na sede Escola Nacional Florestan Fernandes. Confira o material do evento:


Texto base da 1ª Conferência Nacional de Combate ao Racismo da tendência petista Articulação de Esquerda

A tendência petista Articulação de Esquerda (AE), reafirma sua adesão à luta antirracista, frente de luta para o combate ao racismo e a toda forma de preconceito, discriminação, intolerância racial, religiosa e correlata.

A AE considera que a luta antirracista é parte da luta pela emancipação da classe trabalhadora e, portanto, é uma das expressões concretas da estratégia socialista.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Começa mais um Fórum Social Mundial

Marcha de abertura reúne mais de 10 mil e mostra vitalidade da agenda do Fórum Social Mundial


Comunicação, mídia livre, a luta do povo palestino, defesa e aprofundamento da democracia, defesa de direitos sociais e trabalhistas contra a ofensiva do capital: todos esses temas estiveram representados na marcha de abertura do Fórum

Por Marco Weissheimer

Quinze anos depois de sua primeira edição, realizada em janeiro de 2001, em Porto Alegre, o Fórum Social Mundial segue sendo capaz de atrair milhares de pessoas interessadas em discutir os problemas do planeta, o atual modelo civilizatório hegemonizado pelo que se convencionou chamar de neoliberalismo, e buscar soluções para construir outro tipo de globalização. Essa força se manifestou na marcha de abertura do Fórum Social Temático de Porto Alegre, que reuniu cerca de 10 mil pessoas, no final da tarde desta terça-feira, no centro da capital gaúcha. Desde às 15 horas, o Largo Glenio Peres, ponto inicial da concentração, começou a receber os participantes da marcha, identificados com movimentos sociais, centrais sindicais, sindicatos, partidos, um variado leque de organizações comunitárias e populares e “cidadãos avulsos” que queriam participar da caminhada que sempre marcou a abertura dos fóruns realizados em Porto Alegre.

A concentração para a marcha durou cerca de três horas, ao longo das quais o público foi aumentando progressivamente. O calor acima de 30ºC fez dos espaços de sombra territórios disputados em torno do Mercado Público e em frente ao prédio da prefeitura de Porto Alegre, onde militantes de diferentes tendências e organizações se misturavam com figuras como a do senador Roberto Requião (PMDB). Um pouco antes do início da marcha, o prefeito José Fortunati recebeu em seu gabinete alguns políticos que acompanharam o Fórum Social Mundial desde o seu início, como o ex-prefeito de Porto Alegre, Raul Pont, o ex-governador Olívio Dutra e o ex-vice governador e hoje ministro do Trabalho e da Previdência Social, Miguel Rossetto. Todos eles marcharam lado a lado, desde o Mercado Público Peres até o Largo Zumbi dos Palmares.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Inundações: ecologia política do caos hídrico


Por Gonzalo Gutiérrez Nicola*

As recentes enchentes nas bacias dos rios Paraná e Uruguai tornaram-se famosas por deixarem milhares de famílias desabrigadas. Mas elas também mostraram as consequências de uma degradação ambiental sistemática, a incapacidade dos governos em coordenarem suas políticas ambientais e hídricas, e o avanço de um modelo de desenvolvimento meramente convencional.

Várias razões foram apresentadas para explicar as inundações ocorridas no final de 2015 e início de 2016. Muitos atribuíram ao conhecido fenômeno climático El Niño, como sendo o principal responsável pelas fortes chuvas ocorridas nos leitos dos rios, mas outras vozes apontaram para a falta de planejamento na urbanização de cidades costeiras, as poucas obras de contenção para evitar as cheias, a ausência de sistemas de alerta e planos de evacuação e os efeitos das barragens.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Chegou a hora de virar o jogo


Vagner Freitas, presidente da CUT, fala sobre os próximos passos da mobilização em defesa dos direitos, da democracia, contra a atual política econômica, o golpismo e o retrocesso

Por Luiz Carvalho e Paula Brandão

Para usar uma metáfora do futebol, os movimentos sociais capitaneados pela CUT conseguiram empatar um jogo que parecia perdido. Aqueles que queriam ganhar no tapetão, porque não conseguiam vencer com a bola rolando, já contavam com a vitória quando, aos 45 minutos do segundo tempo, com raça e união, os movimentos sociais conseguiram igualar o placar.

Juntos, colocaram milhares nas ruas no final de 2015 e deixaram quem já cantava vitória com um gosto amargo na boca. Mas, como diz outro jargão no futebol, quem não faz, toma. Com apoio das ruas, é hora do governo sair da defesa e partir para o ataque.

Um primeiro passo foi dado: a saída do ex-ministro da Fazenda, Joaquim Levy, pela política de benção ao mercado financeiro que representava, estagnando a economia em nome de um ajuste fiscal, foi um bom primeiro passo, mas precisa se concretizar com diálogo e propostas para reaquecer a economia.

Isso é o que defende o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas. Na primeira conversa com o Portal da CUT neste ano, o dirigente aponta o que espera de 2016, ressalta que as mobilizações em defesa da democracia, contra o golpe e pelo desenvolvimento com distribuição de renda, aliadas ao fim da atual política econômica continuam na agenda.

Vagner fala ainda sobre a pesquisa CUT/Vox Populi, intitulada “Brasil: a agenda da população”, que referenda o desejo da população de impedir retrocessos como as mudanças na Previdência e manter conquistas como os programas sociais.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Médicos Populares avançam na defesa do SUS e contra ofensiva conservadora na saúde


A Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares foi criada em 2015 para aglutinar e mobilizar profissionais que defendem o SUS como contribuição para uma sociedade mais justa, democrática, emancipatória e popular

Criada em 2015, a Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares surge em uma conjuntura política de ataques a direitos sociais, entre eles a saúde. A perda de verbas para o Sistema Único de Saúde (SUS), a proposta do presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha de retirar do Estado a responsabilidade com a saúde pública e os ataques ao Programa Mais Médicos são exemplos de medidas discutidas no Congresso Nacional neste ano e que representam retrocessos no setor.

A Rede nasce para aglutinar e mobilizar médicos que exercem a medicina em uma perspectiva de garantia de direitos, comprometidos com a saúde dos brasileiros. “Somos trabalhadoras e trabalhadores da saúde que valorizam as lutas populares históricas em nossa realidade brasileira e latino-americana e que defendem o SUS como contribuição essencial para uma sociedade mais justa, democrática, emancipatória e popular”, diz documento de apresentação do grupo.

Entre as ações de destaque promovidas neste ano pela Rede, está a brigada de solidariedade aos moradores do desastre de Mariana, provocado pelo rompimento das barragens de rejeitos da mineradora Samarco. Os médicos populares estiveram na região para fazer um diagnóstico situacional de saúde a curto, médio e longo prazos.