quinta-feira, 16 de março de 2017

Mais de um milhão em protestos nas ruas


Greves contra o desmonte da previdência se espalham pelo país

Um milhão de pessoas participaram das manifestações e paralisações em todo o Brasil contra a reforma da previdência e trabalhista propostas pelo governo de Michel Temer.

As manifestações adquiram nova feição e diferente das mobilizações contrárias ao golpe, contou com a unidade das centrais sindicais e adesão de diversas categorias de trabalhadores nos quatro cantos do Brasil.

A hastag #GreveGeral ficou durante todo o período da manhã como a palavra mais comentada no Twitter e em outras redes sociais e demonstrou a força das paralisações e mobilizações de hoje, contra a reforma da previdência e trabalhista enviado pelo governo de Michel Temer para o Congresso Federal.

Em Fortaleza, mais de 30 mil pessoas saíram em marcha da Praça Clóvis Beviláqua, em frente à Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará, e percorreu as principais ruas do centro em direção à sede do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). A gigantesca manifestação ocupou aproximadamente oito quarteirões ao redor do prédio, envolto no abraço simbólico das categorias e populares que aderiram ao protesto.

Na capital São Paulo, as mulheres ocuparam a agência do INSS, no Centro. Ônibus e metrô pararam desde às 0 h. Na região da Grande São Paulo, seis empresas de ônibus que fazem a linha de integração aderiram à greve. No ABC, os trabalhadores de seis empresas também aderiram à manifestação.

Ainda no Estado de São Paulo, houve paralisações dos trabalhadores dos Correios, petroleiros, bancários, trabalhadores de água, esgoto e meio ambiente. Professores da rede estadual, municipal e de algumas escolas particulares realizam assembleias e depois seguiram para Avenida Paulista, para o Ato com a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Acesse o discurso de Lula na Av. Paulista

Os professores de Campinas mobilizaram cerca de 3 mil pessoas no ato que percorreu o centro da cidade. Em Santos, os trabalhadores fecharam a entrada no maior porto da América Latina e a polícia respondeu com violência.

Outro porto que foi paralisado foi o de São Sebastião. Os trabalhadores fizeram paralisação no terminal da Petrobras. Os petroleiros atrasaram a entrada dos trabalhadores na Replan, refinaria de Paulínia, na Recap, de Capuava, em Barueri, no terminal da Transpetro, BR, na Liquigás e em Cubatão na Refinaria RBPC.

No Rio de Janeiro, os trabalhadores de mais de 40 escolas particulares pararam e se concentraram no Largo do Machado pela manhã. À tarde, o Ato massivo concentrou-se na Candelária. A BR 356 que dá acesso ao porto do Açu foi fechada por manifestantes e o Aeroporto também permaneceu fechado. Mais de 60 agências bancárias estão fechadas.

Em Minas Gerais, 100 mil pessoas foram às ruas da capital Belo Horizonte, mas também ocorreram paralisações descentralizadas. Os metalúrgicos de Juiz de Fora realizaram ato em frente à Mercedes Benz. Uberaba e Mariana também registraram manifestações contra a reforma da previdência.

No Espírito Santo mais de 3 mil pessoas foram às ruas de Vitória. Em Brasília, o ministério da Fazenda foi ocupado por manifestantes e a passeata contou com a participação de mais de 20 mil pessoas.

Em Tocantins, Palmas cerca de 2.500 pessoas participaram do ato. Em Goiás, 25 mil pessoas fizeram parte do protesto.

Na Bahia, manifestação pela manhã em Salvado reuniu 10 mil pessoas. Em Recife, 40 mil participantes fizeram a caminhada nas ruas do centro. Em Caruaru, 2 mil pessoas e em Petrolina 10 mil pessoas participaram da manifestação.

No Maranhão, 2 mil pessoas também percorreram o centro da cidade e no final a manifestação se dividiu em duas e terminou em locais diferentes. No Acre, a grande marcha contra a reforma da previdência reuniu 7 mil pessoas. Em Rondônia, 5 mil e em Roraima 2 mil pessoas.

No Mato Grosso do Sul, 20 mil pessoas participaram do ato que terminou na casa do deputado federal Carlos Marun (PMDB), presidente da comissão que analisa a reforma da previdência na Câmara.

Em suma, a conta dos participantes ao longo do dia evidencia que os atos de hoje são maiores que os últimos convocados pelos movimentos sociais contra o golpe. Sinal que o povo brasileiro não deixará que as mudanças na previdência e o fim da aposentadoria aconteçam.


Com informações da Frente Brasil Popular e do Portal Vermelho

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