A paralisação, que teve concentração na Praça da Imprensa, reuniu cerca de 4 mil pessoas. A mobilização é organizada internacionalmente por movimentos sociais e ativistas feministas, para reivindicar políticas públicas e reforçar a luta por igualdade. A estimativa é que 55 países realizem ações de protesto.
Com a proposta de "greve geral", as mulheres protestaram contra o governo de Michel Temer, contra o racismo e também pelo direito de abortos legais e seguros.
A paralisação também contou com a participação das professoras da rede pública municipal de Fortaleza, que começaram a sua concentração na sede da Secretaria Municipal de Educação. Em campanha salarial, os professores realizaram uma assembleia onde aprovaram cruzar os braços a partir do dia 15 de março, contra as medidas de austeridade que reduzem direitos. Após a deliberação, o grupo se juntou aos demais manifestantes.
Previdência sob ataque
O foco principal dos discursos foi o combate à Reforma da Previdência, tendo em vista que as mudanças serão ainda maiores para as mulheres, pois aumenta o tempo de contribuição integral do género feminino de 30 para 49 anos. No caso, o tempo de contribuição vai de 35 para 49 anos. Além disso, a reforma equipara a idade mínima de aposentaria para 65 anos em ambos os sexos, eliminando o direito das mulheres de se aposentarem antes.
A proposta do governo Temer deixa de considerar que as mulheres, no modelo de sociedade patriarcal como a nossa, são empurradas ao trabalho doméstico quase "compulsório", como tarefa "naturalmente" feminina. Ou seja, além da jornada de trabalho, as mulheres, segundo pesquisa, cumprem cerca de 21 horas a mais de jornada somente com o trabalho doméstico em casa.
"Da forma como está, as mulheres vão ser as mais prejudicadas com a elevação da idade mínima de 65 anos. Tem de haver uma batalha pesada para devolver essa proposta para a gaveta. O que se pretende é acabar com a Previdência pública”, afirma a presidente da Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce), Enedina Soares.
O ato foi encerrado em frente à agencia central da Previdência Social, onde os movimentos voltaram a destacar a necessidade de uma maior pressão popular contra a retirada de direitos sociais e trabalhistas.
Fetamce
Na terça-feira, 7 de março, as mulheres de Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza já haviam ocupado as ruas da cidade para se manifestarem contra as desigualdades
A atividade, que teve concentração na Praça da Matriz, reuniu representantes das diversas frentes dos movimentos sociais, sindicatos e coletivos, com a pauta unificada de reivindicações e luta: contra a Reforma da Previdência; pelo fim do Racismo; pelo fim da violência contra as mulheres; além da defesa da igualdade de gênero.
O ato percorreu as principais ruas do Centro da cidade. A caminhada foi encerrada na Câmara Municipal, onde as lideranças feministas fizeram uso da tribuna para conduzir debate sobre os direitos das mulheres.
Fetamce
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