terça-feira, 26 de maio de 2015

Livro: Um partido para tempos de guerra


Editora Página 13 lança livro de resoluções do 2º Congresso da AE

A Editora Página 13 lança sua mais nova publicação, o livro de resoluções do 2º Congresso da tendência petista Articulação de Esquerda, Um partido para tempos de guerra.

O preço de cada exemplar impresso é R$ 10,00, sendo que os custos de envio deverão ser arcados pelos compradores.

Interessados em adquiri-lo devem entrar em contato no email: edmawalker@gmail.com.

O livro pode ser baixado gratuitamente:

Um partido para tempos de guerra - resoluções do 2º Congresso da tendência petista Articulação de Esquerda

Um partido para tempos de guerra - resoluções do 2º Congresso da tendência petista Articulação de Esquerda (capa)

Abaixo, segue a apresentação do livro:

Apresentação

Este livro começou a circular pouco antes do 5º Congresso do Partido dos Trabalhadores. Em todo o país, a militância petista tem comparecido a debates onde prevalece uma expectativa que poderia ser traduzida assim: que Dilma tome posse.

Pois foi a presidenta Dilma quem venceu o segundo turno das eleições presidenciais. Não o presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, nem o ministro da Fazenda Joaquim Levy.

Esperamos que o 5º Congresso mude os rumos do PT e do governo federal. Mas há pressões em sentido oposto, vindas de setores da atual direção partidária e de parcelas do governo. Isto para não falar da campanha que o oligopólio da mídia move diuturnamente contra o Partido dos Trabalhadores.

Para agravar, os delegados e as delegadas com direito a voz e voto neste Congresso foram eleitos no politicamente longínquo ano de 2013.

Naquela época, já havia sinais abundantes de que a situação internacional e nacional estava exigindo do Partido uma nova orientação política. Mesmo assim, em 2013 prevaleceu na eleição partidária uma posição conservadora: mesmo sabendo dos problemas, não se debateu seriamente a situação nem se adotaram as necessárias medidas alternativas.

Fosse agora a eleição partidária, é muito provável que prevalecesse na maioria dos delegados e das delegadas outro ponto de vista: o de que o Partido precisa mudar e mudar rápido, sob pena de perder grande parte da força política e social acumulada ao longo de 35 anos.

Delegados e delegadas de 2013 vão atualizar seu ponto de vista com a radicalidade necessária? Ou predominará aquele tipo de mediação que não agrada a nenhuma das posições em debate?

A maioria das teses inscritas para debate promete mudanças no comportamento do Partido, especialmente no sentido de reatar laços com um grande setor da classe trabalhadora que confiava em nós, mas agora se distanciou.

A maioria das teses defende que o PMDB não é aliado das mudanças, sendo necessário construir uma aliança com os partidos, movimentos, setores e personalidades de esquerda, democráticos e populares que garantiram a eleição de Dilma no segundo turno de 2014.

A maioria das teses aponta para mudanças na estratégia do Partido, no sentido de que para transformar o Brasil é preciso combinar luta social e institucional, luta cultural e organização, tendo como objetivo não conciliar, mas derrotar o grande capital, a oposição de direita e oligopólio da mídia.

A maioria das teses sugere mudanças na política do governo Dilma, no sentido do programa vitorioso no segundo turno das eleições presidenciais, não aquele vitorioso nas eleições da Câmara dos Deputados no primeiro turno e muito menos o defendido por Armínio Fraga.

Entretanto, enquanto a maioria das teses alimenta a esperança, ainda que modesta e contida, a maioria da bancada do PT na Câmara dos Deputados escolheu votar a favor das Medidas Provisórias 664 e 665, nos dias 6 e 13 de maio de 2015, piorando a vida de quem vive de salário, recebe pensão ou seguro-defeso.

O governo argumenta que há fraudes, desvios e distorções, que as MPs visariam corrigir. Sem dúvida existem alguns dos problemas citados, que poderiam e deveriam ter sido corrigidos há mais tempo, sem a necessidade de medidas provisórias.

Entretanto, o governo também admite que as MPs 664 e 665 integram um “ajuste fiscal”. E o fato é que até o momento o governo não adotou nenhuma medida que faça os ricos pagar ao menos uma parte do ajuste.

Ao mesmo tempo em que enviou estas Medidas Provisórias, o governo – através do Banco Central – aumenta a taxa básica de juros e contingencia o orçamento, afetando quem precisa de crédito barato e políticas públicas.

Diante de tantos fatos e evidências de que as MPs são parte integrante de uma política econômica e de uma estratégia política que Dilma derrotou no segundo turno, consideramos que a única postura correta é votar contra as Medidas Provisórias. Pelo que elas são e, principalmente, pelo que elas significam como parte de uma linha política contraditória com os interesses da classe trabalhadora, a quem o PT deve defender.

Uma posição forte e consequente do Congresso do PT, uma intensa e crescente mobilização da classe trabalhadora, a constituição de uma frente democrática e popular pelas reformas, pela democracia e contra o ajuste podem conseguir fazer com que Dilma, aquela Dilma que ganhou as eleições desmascarando as toscas políticas neoliberais, finalmente assuma a presidência da República, passo indispensável para os que, como nós da Articulação de Esquerda, defendemos uma estratégia e um programa democrático-popular e socialista.

Ao longo de seus quase 22 anos de existência, a tendência petista Articulação de Esquerda realizou seis seminários (1993-1997), onze conferências (1998-2009) e dois congressos. O primeiro foi realizado em duas etapas, no ano de 2011. O segundo foi realizado entre os dias 2 e 5 de abril de 2015, no Instituto Cajamar (SP), simultaneamente à Oitava Conferência Sindical nacional da Articulação de Esquerda.

O Segundo Congresso elegeu uma nova direção nacional para a AE, composta pelos seguintes companheiros e companheiras: Adriano de Oliveira/RS, Adriele Manjabosco/RS, Adriana Miranda/DF, Ananda de Carvalho/RS, André Vieira/PR, Bárbara Hora/ES, Bruno Elias/DF, Damarci Olivi/MS, Daniela Matos/DF, Eduardo Loureiro/GO, Eleandra Raquel Koch/RS, Eliane Bandeira/RN, Elisa Guaraná de Castro/DF, Emílio Font/ES, Fernando Feijão/PI, Giovane Zuanazzi/RS, Gleice Barbosa/MS, Iole Ilíada/SP, Izabel Cristina Gomes da Costa/RJ, Ivonete Almeida/SE, Jandyra Uehara/SP, Joel de Almeida/SE, José Gilderlei/RN, Karen Lose/RS, Leirson Silva/PA, Lício Lobo/SP, Múcio Magalhães/PE, Olavo Carneiro/RJ, Patrick Araújo/PE, Rafael Tomyama/CE, Rodrigo Cesar/SP, Rosana Ramos/DF, Silvia Vasques/RS, Sônia Aparecida Fardin/SP, Valteci Mineiro de Castro/MS, Valter Pomar/SP.

Também foram eleitos, para a comissão de ética nacional: Ana Affonso/RS, Iriny Lopes/ES, Jonatas Moreth/DF e Júlio César de Quadros/RS.

Este livro reúne as catorze resoluções aprovadas pelo Segundo Congresso da Articulação de Esquerda, a saber: 1) “O PT e a luta contra a corrupção”; 2) “Um partido para tempos de guerra”; 3) “Atuação e organização da Articulação de Esquerda”; 4) “Plano de trabalho 2015-2016”; 5) “Campanha financeira”; 6) “Primeiro de Maio”; 7) “Cultura”; 8) “Orientação para os militantes da AE que atuam na área da saúde”; 9) “Em defesa do Sistema Único de Saúde”; 10) “Juventude”; 11) “A União Nacional dos Estudantes”; 12) “Mulheres: organizar é preciso”; 13) “Classe trabalhadora e industrialização”; 14) “Resolução da Oitava Conferência Sindical”.

Estas catorze resoluções também estão disponíveis no endereço www.pagina13.org.br. Acreditamos que sua leitura e estudo contribuam para que a militância petista possa enfrentar com êxito as batalhas de 2015 e dos anos que virão.

Os editores


Página 13

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