quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

A CUT quer a Dilma que o povo elegeu

Manifestação em SP - Foto: Paulo Pinto

O povo quer a Dilma que elegeu. Esse foi o canto que ecoou em milhares de ruas e avenidas do País em todas as manifestações que fizemos, especialmente, a do último dia 16. E isso significa avanços.

Em 29 de dezembro do ano passado, a sociedade brasileira foi surpreendida com o pacote de maldades do governo, o chamado ajuste fiscal, que tirou direitos da classe trabalhadora, paralisou a economia e gerou juros altos, recessão e desemprego.

Durante este ano, a CUT lutou, negociou e reivindicou nas ruas mudanças na política econômica e a não retirada de direitos dos/as trabalhadores/as. Simultaneamente, o mandato da presidenta Dilma Rousseff sofreu ataques dos golpistas, aqueles que não aceitaram o resultado das eleições de 2014. E a CUT, novamente, foi às ruas defender o projeto que ajudou a eleger, a democracia e o respeito à vontade popular que se expressou nas urnas elegendo Dilma.

Nós não temos dúvida nenhuma que foi por conta da reação do povo nas ruas que o mandato de Dilma não foi cassado este ano. Mas, queremos que fique claro, não existe cheque em branco. O povo quer a Dilma que elegeu. Esse foi o canto que ecoou nas ruas em todas as manifestações que fizemos, especialmente, a do último dia 16, quando milhares de pessoas foram às ruas de mais de 70 cidades do Brasil e o Distrito Federal dizer que quer a Dilma que elegeu.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Dilma recebe pauta dos movimentos sociais


Presidenta Dilma recebeu representantes de movimentos sociais e sindicatos no Palácio do Planalto

A presidenta Dilma Rousseff (PT) recebeu o apoio e as reivindicações de lideranças de movimentos sociais, sindicatos, artistas e intelectuais, que estiveram no Palácio do Planalto em 17 de dezembro, um dia depois das grandes manifestações contra o golpismo que tomaram as ruas do país.

Dilma agradeceu o apoio dos milhares de trabalhadores que foram às ruas para defender a sua permanência no cargo, exigir a saída do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara e o fim do ajuste fiscal. “Eu não tenho menor constrangimento de pedir o apoio de vocês, mesmo diante das divergências. Certamente, apesar de sermos diversos, temos em comum uma posição do que queremos neste país”, disse a presidenta na ocasião.

Compareceram ao encontro no Palácio representantes da Coordenação Nacional da Frente Brasil Popular, que articula partidos, organizações, entidades e movimentos populares em defesa das conquistas sociais e pela mudança da política econômica.

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

15 mil nas ruas de Fortaleza participam da manifestação nacional contra o impeachment


O Dia Nacional de Mobilização contra o Impeachment contou com massiva adesão no Ceará nesta quarta-feira, 16, e reuniu mais de 15 mil pessoas em caminhada pelas ruas de Fortaleza. Entre elas, representantes de centrais sindicais, partidos políticos, movimentos estudantil e sindical, sociedade civil e representantes das mais diversas organizações populares.

Eram crianças, mulheres, estudantes, jovens, sindicalistas, trabalhadores de diversas categorias e a sociedade organizada cearense que, unidos, nas ruas, levantaram a bandeira em defesa do Brasil.

A caminhada que teve longa concentração na Praça da Bandeira e avançou pelas principais ruas do centro até a Praça da Sé, onde foi encerrada.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

A crise atual e o futuro do PT

Resolução aprovada pela Direção Nacional da tendência petista Articulação de Esquerda.

1. Os próximos dias, semanas e meses serão marcados por um agravamento da situação internacional e nacional. A classe trabalhadora, as organizações populares e cada militante devem preparar-se para enfrentar e vencer batalhas cada vez mais duras e perigosas. Nosso pior inimigo são os que subestimam a gravidade da situação: vivemos tempos de guerra e, por isto, precisamos de um partido para tempos de guerra.

2. No cenário internacional, falar de guerra não é uma metáfora. Como aconteceu em outros momentos de predomínio e crise do capitalismo, a guerra econômica entre classes e nações deriva para conflitos militares cada vez mais intensos. O atentado terrorista cometido na França e a derrubada de um avião russo pela força aérea turca são peças de um quebra-cabeças cujo desdobramento lógico – que, portanto, ainda pode ser evitado– será um conflito militar em larga escala, cujo principal motor é o esforço desesperado que as potências imperialistas fazem para reverter seu declínio e restaurar sua plena hegemonia. Como naqueles outros momentos da história, há muitos que dizem ser impossível ou improvável um conflito militar em larga escala. De nossa parte, cerramos fileiras com aqueles que lutam pela paz, mas não temos nenhuma ilusão acerca dos propósitos do imperialismo, nem dúvidas acerca dos desdobramentos cada vez mais prováveis desta escalada da insensatez.

3. No cenário regional, falar de tempos de guerra pode deixar de ser metáfora. A vitória da direita nas eleições presidenciais argentinas — por uma diferença menor do que a apregoada pelos meios — foi acompanhada imediatamente de uma exibição pública dos cavernícolas. Um exemplo disto foi o editorial do jornal La Nacion, que de fato faz uma defesa aberta dos responsáveis pelo genocídio de 30 mil argentinos durante a ditadura militar naquele país. Setores da oposição de direita venezuelana dão sinais de que também pretendem, a depender do resultado das eleições parlamentares de 6 de dezembro, subir o tom e a forma de seu combate contra a República Bolivariana da Venezuela. A integração regional autônoma frente aos EUA corre sérios riscos.

4. No Brasil, os setores de ultradireita seguem ganhando destaque no discurso hegemônico na coalizão de forças responsável pela ofensiva conservadora. Os direitos dos pobres, das juventudes, dos negros e negras, das mulheres, da classe trabalhadora, os direitos humanos e democráticos, os direitos civis, a liberdade de organização sindical e partidária, os direitos sociais, tudo vai sendo empacotado e apresentado como parte de uma grande conspiração “lulo-petista-comunista-bolivariana” que precisa ser extirpada, para que o Brasil possa seguir adiante. Com este discurso, prepara-se o terreno não apenas para uma vitória neoliberal nas eleições de 2016 e 2018, não apenas para uma supressão dos direitos previstos pela Constituição de 1988, mas também para o regresso de traços típicos do Brasil pré-revolução de 1930.

5. Os principais traços da presente conjuntura são, portanto: a contraofensiva conservadora no plano nacional e no regional, num contexto internacional marcado pela crise do capitalismo e por ações do Estados Unidos e aliados em busca de reverter o declínio de sua hegemonia global. Nesta conjuntura, o centro da nossa tática consiste em deter a ofensiva conservadora no Brasil, recuperar protagonismo em âmbito regional e contribuir com outros BRICS, especialmente no sentido de interromper a tendência dos EUA de buscar uma saída militar para os conflitos internacionais.

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Movimentos vão às ruas contra o golpe


Atos ocorrem por todo o país. Em Fortaleza, a manifestação começa a partir das 14h, na Praça da Bandeira

A militância e a população em geral estão sendo convidadas a se manifestarem em nível nacional nesta quarta-feira, 16/12, contra o processo deflagrado na Câmara Federal pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB), como forma de retaliação pelo apoio da bancada do PT às investigações quanto a atos de corrupção atribuídos a ele.

Movimentos sociais dos mais diversos matizes estão unidos contra o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT) e a quebra da legalidade democrática. As representações de lutas por direitos da classe trabalhadora também defendem mudanças na política econômica do governo e a manutenção das conquistas sociais.

A mobilização foi definida em reunião conjunta entre as coordenações da Frente Brasil Popular e a Frente Brasil Sem Medo, na segunda-feira, 7, em São Paulo. As frentes são integradas por movimentos populares, entidades estudantis e sindicais e partidos políticos.

Em Fortaleza, a concentração acontece a partir das 14h, na Praça Clóvis Beviláqua (Praça da Bandeira). De lá, segue em passeata pelo centro da cidade até a Catedral da Sé.

Estão programadas grandes manifestações nas capitais e em inúmeras cidades do país, como: São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Participe!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

EnTendAs os Direitos Humanos


Pela primeira vez em Fortaleza, acontece o EnTendAs os Direitos Humanos nos dias 09 e 10 de dezembro, no centro da Capital. No evento, haverá exposições de trabalhos de entidades e instituições que lutam pelos Direitos Humanos em tendas na Praça dos Leões e a exibição de filmes no Cine São Luiz.

A iniciativa é uma realização da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, da Mulher, da Juventude, da Criança e do Idoso da Câmara Municipal de Fortaleza, presidida pelo vereador Deodato Ramalho (PT).

O objetivo do evento é desmistificar a pauta dos Direitos Humanos que é muitas vezes associada, de forma errônea, exclusivamente à esfera das vítimas da violência ou da segurança pública. O EnTendAs pretende que o público em geral se aperceba de uma face escondida das conquistas de direitos, do ponto de vista de quem constrói as lutas do povo.

Os filmes tratam de vários aspectos dos direitos humanos na atualidade, como: direitos da população LGBT/enfrentamento da homofobia; crianças, adolescentes e juventude; população em situação de rua; mulheres; segurança pública; combate à tortura; situação prisional; dentre outros. Na programação também está prevista uma festa de encerramento com o DJ Doido. A entrada é franca e aberta ao público.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Movimentos fazem protestos contra o golpismo


Atos querem democracia e mudanças para ampliar conquistas

Movimentos populares e sindicatos articulados na Frente Brasil Popular realizam várias atividades e manifestações em defesa das conquistas sociais e do governo eleito. Os protestos ocorrem por que foi instalado o processo que pode levar ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT), devido à aceitação de parecer favorável pelo presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB). Ele está sendo investigado por quebra de decoro, já que ocultou contas milionárias no exterior, que podem ter recursos desviados por corrupção.

Nesta terça-feira, 8, em Fortaleza, acontecem panfletagens nos terminais de ônibus e em vários pontos da cidade. A principal manifestação nesta data é o Ato em defesa da democracia, mais direitos e "Fora Cunha!" marcado para ser realizado a partir das 14h, na Praça da Imprensa. Neste horário, a comissão de ética da Câmara, que analisa o processo de cassação de Eduardo Cunha deve estar reunida em Brasília.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Natal sem Cunha!

Vamos derrotar o crime, a mentira, a chantagem e o golpe

Resolução da tendência petista Articulação de Esquerda

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, quer o impeachment da presidenta da República.

O povo brasileiro sabe quais os interesses e motivos de Eduardo Cunha.

1. Eduardo Cunha mantém uma conta bancária no exterior, onde estão depositados o equivalente a 9 milhões de reais, de origem ilícita;

2. Eduardo Cunha não apenas ocultava a existência desta conta, como mentiu a respeito em depoimento oficial numa Comissão Parlamentar de Inquérito;

3. Acusado de crime e mentira, Eduardo Cunha foi submetido à comissão de ética da Câmara dos Deputados, o que pode resultar na sua cassação, o que por sua vez facilitará seu julgamento e quiçá prisão;

4. Eduardo Cunha chantageou o Partido dos Trabalhadores e o governo. Avisou que se os três deputados do PT, integrantes da Conselho de Ética da Câmara, votassem a favor da admissibilidade do processo contra Eduardo Cunha, ele daria andamento ao processo de impeachment da presidenta da República;

5. A militância petista, com destaque para a presidenta Dilma Rousseff, o presidente nacional do Partido dos Trabalhadores e a bancada do PT na Câmara dos Deputados, não se dobraram à chantagem. O PT anunciou publicamente que votará a favor da admissibilidade do processo contra Eduardo Cunha na Conselho de Ética da Câmara;

6. Ao saber da posição do PT, Eduardo Cunha cumpriu a ameaça e deu andamento ao processo de impeachment. Em troca, espera contar com os votos dos deputados do PSDB e do DEM, que votariam a seu favor no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados;

7. Este é o enredo: um crime, uma mentira, uma chantagem e agora uma tentativa de golpe. Mas não vai ter golpe!!!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Saiu o Página 13 de dezembro


Leia a edição de dezembro integral do Página 13

Editorial

Repetindo o mantra

A vitória da direita nas eleições presidenciais argentinas, o resultado das eleições parlamentares venezuelanas e a situação política brasileira confirmam que está em curso uma contra-ofensiva regional das direitas latino-americanas, com a devida contribuição de seus aliados nos EUA e Europa.

Não estamos surpresos com isto. Desde pelo menos 2008, análises publicadas no Página 13 vem alertando para a existência desta contraofensiva, negada tanto por setores governistas quanto por setores esquerdistas.

Derrotar os governos do Brasil, Venezuela e Argentina provocará a desarticulação do processo de integração regional latino-americano e caribenho e afetará os BRICS. Tirar o PT do governo brasileiro é parte essencial deste processo.

No caso brasileiro, está em curso uma ofensiva simultânea da direita partidária, da direita social, da alta burocracia de Estado, do grande capital e do oligopólio da mídia.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

O PT de volta para a classe trabalhadora


Segue resolução do Encontro Nacional de Sindicalistas Petistas

Defender as conquistas sociais e a classe trabalhadora

Em junho de 2015, por ocasião do 5º Congresso Nacional do PT, divulgamos o manifesto “O PT de volta para a classe trabalhadora”, de iniciativa de dirigentes cutistas filiados ao nosso partido e apoiado por mais de 400 lideranças sindicais de todo o país.

Neste final de 2015, primeiro ano de um segundo mandato conquistado por Dilma Roussef do PT, reeleita graças ao engajamento do movimento sindical e popular, em particular no 2º turno das eleições presidenciais de 2014, no combate ao retrocesso e para aprofundar as reformas populares, estamos diante de uma crise política e econômica que impacta o Brasil e o nosso partido.

O resultado é que fecharemos o ano com altas taxas de desemprego (chegando a 20% entre os jovens de 18 a 24 anos), retração da atividade econômica (crescimento negativo do PIB) e uma ofensiva das classes dominantes – utilizando o Judiciário, a grande mídia, partidos de oposição e inclusive da coalizão de governo – para destruir o nosso partido, construído para dar voz à classe trabalhadora. Isso para não falar das ansiadas reformas populares (reforma política democrática, agrária, urbana, tributária, democratização dos meios de comunicação), que seguem bloqueadas pelo Congresso mais conservador desde o final da ditadura militar.