segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Eleições 2014: Preparar a disputa

A direção nacional do PT publicou algumas resoluções sobre a disputa eleitoral de 2014.

Uma delas diz que os “Diretórios Estaduais serão orientados para que as coligações atendam às diretrizes sobre tática eleitoral e política de alianças a serem aprovadas para as eleições de 2014”. O divertido é que o Congresso decidiu que as tais diretrizes serão aprovadas no encontro sobre tática, que ocorrerá lá por abril de 2014.

Outra resolução diz que “nossas alianças deverão ser construídas tendo em conta a melhor tática para garantir a reeleição da Presidenta Dilma, ampliar a bancada no Senado Federal, na Câmara de Deputados e nas Assembleias Legislativas como também conquistar vitórias importantes nos estados”. É o famoso “tudo de bom”, quando na verdade todos sabemos que existem várias maneiras de interpretar qual o melhor caminho para atingir estes objetivos todos. E existem vários caminhos porque, na verdade, a maioria da atual direção nacional não está convencida de que é preciso, não apenas ganhar as eleições, mas ganhar em condições de fazer um segundo mandato Dilma que seja superior ao atual.

O Diretório Nacional também aprovou que, “respeitada a autonomia e a disputa interna a respeito do processo de escolha das pré-candidaturas majoritárias e da discussão sobre alianças eleitorais estaduais, a chapa final com a definição sobre coligações, em cada Estado, somente poderá ser registrada perante a Justiça Eleitoral APÓS a devida aprovação pela direção nacional, que, através de sua Comissão Executiva Nacional, adotará os procedimentos necessários que serão definidos no processo de preparação das eleições de 2014”. Ou seja e falando claramente: acabou a autonomia dos estados. Antigamente, a direção nacional só intervinha para impedir que um estado fizesse aliança com um partido que não estava no arco de alianças nacional. Desde 1998, com a intervenção no Rio de Janeiro, a direção nacional passou a intervir para impor alianças. E agora, legaliza-se a “intervenção prévia”. Que, como sabemos, é para obrigar alguns estados a pagar o preço que supostos “aliados” nacionais cobram, para supostamente apoiar Dilma.

A parte mais triste da resolução da direção nacional do PT é a que diz que “envidará todos os esforços para evitar qualquer questionamento de nossas decisões políticas perante o Judiciário”. A verdade é que cresce, dentro do PT, o hábito de buscar resolver as divergências internas apelando ao Judiciário.

A direção resolveu, também, que “o calendário para definição das candidaturas do PT às eleições de 2014 será estabelecido até 10 de fevereiro de 2014, em cada estado, pela respectiva Comissão Executiva Estadual (CEE)”.

Além disso, “os delegados aos Encontros Estaduais de Definição de Tática Eleitoral e aos Encontros Estaduais de Definição de Candidaturas serão aqueles eleitos no PED 2013”.

Quando “um terço, no mínimo, dos membros do Diretório ou da Comissão Executiva Estadual apresentar proposta de apoio a candidato a Governador de outro partido, deverá ser realizado, antes da abertura de inscrições a pré-candidatos, um Encontro Estadual para definir a política de alianças e a tática eleitoral”. Sendo que eventuais “propostas de apoio deverão ser apresentadas às Executivas Estaduais até o dia 21 de fevereiro de 2014”.

E, caso “seja apresentada proposta de apoio o Encontro de Estadual de Definição de Tática Eleitoral será realizado observando-se um intervalo mínimo de 21 dias após o fim do prazo de apresentação de propostas (máximo = 15 de março de 2014)”.

“Caso não haja proposta de apoio a candidato de outro partido ou quando a decisão do Encontro de Definição de Tática Eleitoral deliberar por candidatura própria, a Executiva Estadual abrirá prazo de inscrição de pré-candidaturas a Governador, que deverá se estender, no máximo, até o dia 25 de março de 2014”.

“Havendo mais de um candidato inscrito os Diretórios Estaduais deverão definir até 30 de março de 2014 o método de escolha do candidato ou candidata, podendo ser através de Prévias Eleitorais ou através de votação em urna no Encontro Estadual de Definição de Candidaturas”.

“São necessários 2/3 dos votos dos membros do Diretório Estadual para deliberar pela não realização de prévias”. Eventuais Prévias serão realizadas, aos finais de semana, entre os dias 5 e 13 de abril de 2014.

Os Encontros Estaduais de Definição de Candidaturas serão realizados entre os dias 5 de abril e 11 de maio de 2012.

Maiores informações estão na página www.pt.org.br


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