Manoel Rapôso |
Em 8 de maio de 2012, a prefeita Luizianne Lins inaugurou a praça de atendimento da Secretaria Executiva Regional 4, uma das sete subprefeituras que dividem a gestão territorial do município.
A "praça do povo" é a interface democrática do poder público com a população, inspirada na experiência de Rosário, na Argentina.
É um espaço de atendimento com cerca de 450m² com uma sala de recepção, área de espera, terminais de auto-atendimento, 10 postos de atendimento, 4 postos de atendimento técnico, retaguarda de atendimento, administração da Praça, painel de senha e serviços de apoio.
A da Regional 4 leva o nome do livreiro, escritor e poeta Manoel Coelho Rapôso, um comunista ortodoxo recém-falecido, que dedicou sua vida à propaganda incansável da revolução pelo mundo.
Luizianne então, diante dos familiares do homenageado, faz um pronunciamento emocionante. Fala impassível, sem erguer a voz, vai pontuando as palavras com doçura e firmeza. Na plateia, percebo o velho Ortins, ex-presidente da CUT, ficar com os olhos marejados.
E é aí que noto que é justamente isso que os oligarcas não entendem. São hipócritas e medem o mundo com suas próprias réguas. Imaginam que todos que se movem na política são mercenários atrás de empregos. Comercializam votos enquanto fazem o discurso da "ética".
É a cisão de classes. A playboyzada em seus carrões não entende de ideologia nem de disciplina partidária. Dividem o mundo pelo "caráter" - ou melhor, pelo alinhamento ou não à sua concepção moralista - e não por projetos políticos: daí o seu ranço udenista.
Ao contrário, é a ternura e o sonho que animam nossa dura caminhada de lutadores do povo. Hoje somos todos Rapôsos. Somos todas Luiziannes. Participantes de um grande laço de solidariedade que nos une. E que não tem preço.
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