sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Leia e assine: Página 13 de outubro


Para baixar: Página 13 nº 147 out. 2015

Editorial

Só acaba quando termina

Desde a campanha eleitoral de 2014 até o dia 8 de outubro de 2015, quando este editorial foi elaborado, temos assistido a gangorra emocional exibida por uma parte da liderança nacional do Partido dos Trabalhadores. Em questões de semanas, as vezes dias, oscilam do otimismo para o derrotismo, do já ganhou para o já perdeu.

Apenas nas últimas semanas, vimos isto acontecer pelo menos duas vezes: na véspera das manifestações da direita no dia 20 de agosto, os otimistas comemoraram o acordo com setores da mídia como sinal de que o pior já havia passado. E há poucos dias, os otimistas comemoraram a reforma ministerial também como sinal de que o pior havia passado. Mas aí veio o julgamento no TCU, a falta de quórum na votação dos vetos, as decisões do TSE e do STF, as articulações pelo impeachment…

O otimismo irresponsável que criticamos é produto da crença nos acordos com setores da direita. Motivo pelo qual os crentes mantém sempre intocada a política econômica, que no limite agrada ao setor hegemônico do grande capital. Como resultado, fica cada vez mais difícil mobilizar o povo em defesa das liberdades democráticas. O que torna cada vez mais fácil o avanço do golpismo.

Há meses temos alertado que esta conduta produz nossa derrota, em 2018, 2016 ou a qualquer momento. Temos dito, também, que para defender a democracia é necessário alterar imediatamente a política econômica, criando condições para mobilizar setores da classe trabalhadora que hoje estão paralisados ou francamente desgostosos conosco. E temos, finalmente, defendido a convocação de um Encontro Nacional Extraordinário onde o PT possa adotar uma política compatível com a situação extraordinária que estamos vivendo.

No início deste ano dissemos que era necessário um partido para tempos de guerra. Hoje é ainda mais necessário. E aos derrotistas lembramos que só termina quando acaba. E enquanto estivermos lutando, não acabou. Por isto a importância do Congresso da CUT, tema da maior parte das páginas desta edição.


Página 13

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