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Página 13, n. 154 jul. 2016 - miolo
Página 13 n. 154 jul. 2016 - capa e contracapa
Tempos de guerra
Página 13 de junho-julho foi impresso poucos dias depois do assalto da Polícia Federal às sedes nacionais do PT.
O episódio é de extrema gravidade. Muito além das motivações e pretextos imediatos, a ofensiva conservadora transpôs mais uma fronteira.
Confirma-se a necessidade de uma reação, que terá maiores chances de êxito se o Partido realizar uma mudança na linha política e eleger uma direção capaz de conduzir-nos em “tempos de guerra”.
A crise política é imensa e de difícil solução. Suas raízes são múltiplas: a crise internacional, a crise econômico-social nacional, a crise político-institucional. Qualquer que seja o resultado da votação de mérito no Senado, a crise vai prosseguir. E não será resolvida através de um pacto.
Recuperar o apoio da classe trabalhadora é nossa grande tarefa estratégica. Ganhando ou perdendo a votação de mérito no Senado, esta tarefa continuará posta. Ela será mais fácil de cumprir, no caso de voltarmos ao governo, sempre e quanto mais voltarmos ao governo conscientes de que nosso programa, nossa política de alianças e nossa atitude geral devem ser outras.
A luta contra o impeachment e em defesa dos direitos atacados pelo governo golpista não deve ser vista, portanto, como “a última batalha da guerra antiga”. Ao contrário, devemos ver a luta pelo Fora Temer e em defesa dos direitos como “a primeira batalha de uma nova guerra”. Portanto, queremos vencer esta batalha contra os golpistas; queremos Temer posto para fora; e queremos voltar à Presidência — em tudo isso, necessariamente orientados por uma nova estratégia.
Por tudo isto é fundamental que a presidenta Dilma Rousseff divulgue uma carta deixando claro o que fará, quando voltar à Presidência. Por isto, também, torna-se fundamental colocar em discussão a necessidade de uma Constituinte e a luta por uma reforma política. Por isto não devemos aceitar supostas soluções “pactuadas” que relativizem o golpe nem que facilitem a vida dos golpistas.
Defender novas eleições, hoje, equivale a defender uma renúncia parcial ao mandato conquistado em 2014. Defender um plebiscito para decidir sobre a convocação de novas eleições é apenas uma variante mais complicada da mesma proposta. São propostas que podem vir a ser corretas, caso a maioria do Senado aprove o impeachment. Neste caso, será justo lutar para abreviar o mandato de um governo ilegítimo e golpista. Assim como é justo colocar em discussão um plebiscito para convocar uma Assembleia Constituinte e fazer a reforma política.
Em defesa dos nossos direitos e contra o golpe: Fora Temer! Reconquistar a Presidência da República!!!
Página 13
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