sábado, 2 de julho de 2016

Saiu o Página 13 de julho (Editorial)

Baixe a edição de julho do jornal Página 13 nos links abaixo:

Página 13, n. 154 jul. 2016 - miolo

Página 13 n. 154 jul. 2016 - capa e contracapa 


Tempos de guerra

Página 13 de junho-julho foi impres­so poucos dias depois do assalto da Polícia Federal às sedes nacionais do PT.

O episódio é de extrema gravidade. Muito além das motivações e pretextos imediatos, a ofensiva conservadora trans­pôs mais uma fronteira.

Confirma-se a necessidade de uma re­ação, que terá maiores chances de êxito se o Partido realizar uma mudança na linha política e eleger uma direção capaz de con­duzir-nos em “tempos de guerra”.

A crise política é imensa e de difícil solução. Suas raízes são múltiplas: a crise internacional, a crise econômico-social na­cional, a crise político-institucional. Qual­quer que seja o resultado da votação de mé­rito no Senado, a crise vai prosseguir. E não será resolvida através de um pacto.

Recuperar o apoio da classe trabalha­dora é nossa grande tarefa estratégica. Ga­nhando ou perdendo a votação de mérito no Senado, esta tarefa continuará posta. Ela será mais fácil de cumprir, no caso de vol­tarmos ao governo, sempre e quanto mais voltarmos ao governo conscientes de que nosso programa, nossa política de alianças e nossa atitude geral devem ser outras.

A luta contra o impeachment e em defe­sa dos direitos atacados pelo governo gol­pista não deve ser vista, portanto, como “a última batalha da guerra antiga”. Ao con­trário, devemos ver a luta pelo Fora Temer e em defesa dos direitos como “a primei­ra batalha de uma nova guerra”. Portanto, queremos vencer esta batalha contra os golpistas; queremos Temer posto para fora; e queremos voltar à Presidência — em tudo isso, necessariamente orientados por uma nova estratégia.

Por tudo isto é fundamental que a pre­sidenta Dilma Rousseff divulgue uma carta deixando claro o que fará, quando voltar à Presidência. Por isto, também, torna-se fundamental colocar em discussão a ne­cessidade de uma Constituinte e a luta por uma reforma política. Por isto não deve­mos aceitar supostas soluções “pactuadas” que relativizem o golpe nem que facilitem a vida dos golpistas.

Defender novas eleições, hoje, equivale a defender uma renúncia parcial ao man­dato conquistado em 2014. Defender um plebiscito para decidir sobre a convocação de novas eleições é apenas uma variante mais complicada da mesma proposta. São propostas que podem vir a ser corretas, caso a maioria do Senado aprove o impe­achment. Neste caso, será justo lutar para abreviar o mandato de um governo ilegíti­mo e golpista. Assim como é justo colocar em discussão um plebiscito para convocar uma Assembleia Constituinte e fazer a re­forma política.

Em defesa dos nossos direitos e contra o golpe: Fora Temer! Reconquistar a Presi­dência da República!!!


Página 13

Nenhum comentário:

Postar um comentário