terça-feira, 28 de julho de 2015
Greve: petroleiros paralisam produção
Dia de mobilização contra "desinvestimentos" na estatal e em repúdio ao projeto de José Serra para entrega do Pré-sal tem ampla adesão. Atividades também foram paralisadas em Fortaleza
Desde a zero hora desta sexta-feira (24/7), os petroleiros iniciaram a greve nacional de 24 horas, indicada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos e referendada em assembleias realizadas por todo o Brasil. A greve de advertência também está sendo realizada no Ceará, tendo sido aderida por trabalhadores das áreas operacionais e administrativas. No Estado, os trabalhadores não estão emitindo Permissões de Trabalho (PTs) nas plataformas marítimas, na Petrobras Biocombustível (PBIO), na Lubnor e no terminal da Transpetro. As manifestações começaram às 7h30, com apoio da CUT-CE.
A paralisação das atividades nesta sexta-feira é um protesto da categoria contra o novo Plano de Gestão e Negócios da Petrobrás referente aos anos de 2015/2019 e contra o PLS 131/2015, o projeto entreguista do senador José Serra (PSDB-SP), que pode tirar da Petrobras o papel de operadora única do Pré-sal. O Ceará, com intensa mobilização da CUT estadual, tem protagonizado a mobilização em defesa da causa. No último dia 22, foi lançada, em Fortaleza, a “Frente Ampla em Defesa do Pré-Sal – pelo Brasil, pela Educação e pela Petrobras!”.
Mais uma vez, os trabalhadores estão demonstrando grande capacidade de organização e resistência e, compreendendo que neste momento, não há outra saída para defender os direitos da classe trabalhadora, a não ser lutando. Segundo o presidente do Sindicato dos Petroleiros do Ceará e Piauí (Sindipetro – CE/PI), Oriá Fernandes, os petroleiros estão se manifestando contra os “desinvestimentos” e propõem ações para que a estatal continue sendo como uma empresa integrada de energia.
“Algumas ações recentes poderão significar o desmantelamento do Sistema Petrobras, colocando em risco empregos, direitos e conquistas sociais. Por isto, estamos aqui para dar nosso total apoio aos colegas petroleiros”, explicou o presidente eleito da CUT-CE, Wil Pereira, na entrada da Lubnor, no Mucuripe. Ele acrescentou que esse movimento não é só dos petroleiros, "e sim, de toda a classe trabalhadora que prioriza a força do trabalho e diz NÃO à privatização da Petrobras, maior empresa estatal do País".
CUT-CE
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