quinta-feira, 5 de abril de 2012

Para Seguir Fortaleza

O Jornal Página 13 publica entrevista inédita com o pré-candidato do PT em Fortaleza Elmano de Freitas. Leia os principais trechos da entrevista abaixo:

Página 13. Começemos falando um pouco da sua história, desde quando ingressou na militância política até hoje.

Elmano - Comecei a militância nas Comunidades Eclesiais de Base da Igreja Católica, em 1986. Nesse mesmo ano, comecei a militar no PT. Minha filiação é de 1989, ano da campanha do Lula à presidência da República, quando militei no movimento estudantil, com a companheira Luizianne Lins. Nessa época, na minha região, acontecia o processo da organização do MST no Ceará e nós, da igreja popular, colaboramos desde o primeiro momento. Fiz faculdade de direito e advoguei para movimentos sociais, movimentos pela moradia, associações comunitárias e movimento sindical. De 1994 a 2002 fui assessor parlamentar na Assembleia Legislativa do Ceará. No partido, integrei a direção estadual por 8 anos e a executiva estadual por 6 anos. Passei alguns anos em Brasília como advogado dos movimentos sociais, atuando especialmente no STF e no STJ. Voltei a Fortaleza em 2008 para a coordenação da campanha da reeleição da Luizianne. Em 2009, assumi o governo integrando a Coordenadoria de Participação Popular. Acompanhei, por exemplo, os conselhos em Fortaleza. Quando a prefeita assumiu eram apenas cinco, hoje são 16 conselhos em pleno funcionamento. Temos 270 conselhos escolares, conselhos regionais de saúde, 92 nas unidades básicas de saúde. Além disso, acompanhei as conferências e a coordenação do Orçamento Participativo. Era minha, ainda, a atribuição de acompanhar a Comissão Financeira do governo e, desde setembro de 2011, assumi a Secretaria Municipal de Educação.

Página 13. Qual a sua avaliação sobre o PT?

Elmano - Tenho orgulho de pertencer ao PT. Desde 1986 o PT é meu único partido na vida. Construímos uma experiência partidária e de várias organizações sociais na luta pela transformação da sociedade, rompendo com a concepção de que o partido utiliza-se dos movimentos como correia de transmissão. Isso tem uma consequência importante, porque o processo construído pelo PT, pelos movimentos sociais, sindicais, pela academia e os artistas, pela juventude e as organizações não governamentais, todos passam a construir identidades em torno de um projeto de transformação. As vezes temos conflitos entre os movimentos e o partido, porém são processos ricos que constroem, de maneira democrática, o nosso projeto comum. O PT tem uma experiência rica no Brasil, de um partido de massas, um partido com influência na sociedade civil, com capilaridade, com intelectuais ajudando. Um partido com força institucional, com militância presente nos movimentos, mas subordinado a eles fundamentalmente. Um partido que se apresenta como a principal experiência da classe trabalhadora brasileira e dos setores que buscam transformação. A nossa experiência nos movimentos, no parlamento, nos governos municipais, estaduais e, agora, no governo nacional vem expressar e construir uma cultura na militância e na esquerda brasileira. Uma cultura política importante para um processo de transformação democrática, construído de baixo pra cima, com diálogo, necessária para dirigir um processo da complexidade que tem a sociedade brasileira, que dialoga com os movimentos, com a academia e com as limitações institucionais que os governos têm. Acredito que estamos demonstrando êxito.

Leia a entrevista exclusiva completa do companheiro Elmano no site nacional da Articulação de Esquerda.


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