Por Jonatas Moreth*
Vem de longa data a recíproca contribuição entre os estudantes e o PT. Desde as primeiras mobilizações após a temporada de caça até as manifestações atuais estivemos, petistas e estudantes, buscando as mesmas conquistas, lutando pelas mesmas causas, fazendo as mesmas campanhas, gritando o mesmo grito.
O ano de 2012 foi muito movimentado para nós estudantes e petistas. Estivemos envolvidos na vitoriosa e histórica campanha pelos 10% do PIB para Educação, pela garantia de destinação de 100% dos Royalties e 50% do Fundo Social do Pré Sal para Educação; participamos, com mais ou menos intensidade, da maior greve das Universidades Federais nos últimos dez anos; fomos às ruas na luta por uma melhor valorização dos professores, com a defesa do piso salarial; além, é claro, de mesmo com os ataques da mídia e a judicialização da política, termos feito o nosso Partido ser o mais votado nas eleições de 2012.
Em 2013 não será diferente. Iniciaremos o ano com o CONEB – Conselho Nacional de Entidades de Base da UNE, mais o Encontro de Grêmios da UBES; etapas municipais da Conferência Nacional de Educação; aprovação em definitivo no Congresso Nacional do PNE e da Lei que destina ás verbas dos royalties e Fundo Social do Pré Sal para educação; e a incansável luta travada nas escolas e universidades por uma educação pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada.
Mas para a Juventude do PT (JPT) isto ainda é pouco, muito pouco. Com essa perspectiva de mobilizar mais, debater mais, lutar mais é que a direção nacional da JPT convocou para abril de 2013 o Encontro Nacional de Estudantes Petistas (ENEPT), que não ocorria desde 2009.
O ENEPT terá três eixos centrais de debate: a) balanço dos dez anos dos governos petistas para educação; b) a educação que queremos; c) uma nova cultura política no movimento estudantil (concepção, organização e atuação).
O Encontro Nacional será precedido por etapas estaduais e debates nas escolas e universidades. Essas etapas, que terão as mesmo diretrizes gerais do encontro nacional, jogarão papel central na consolidação de uma política alternativa para o movimento estudantil e um programa para a educação. Elas devem ser capazes de massificar as discussões e possibilitar a construção de novos espaços do Partido, para que os estudantes petistas sigam em contato e em debate para organizarem-se no movimento. Núcleos da JPT nas escolas e universidades devem ser fundados ou reabertos durante o processo de organização dos encontros.
Durante o CONEB e o Encontro de Grêmios haverá uma grande plenária da JPT, quando será lançado o ENEPT e divulgado o seu texto base. Que venham as divergências e debates, marcas fundamentais de nosso Partido. Temos convicção de que a JPT estará à altura de seu desafio histórico.
*Jonatas Moreth é Diretor da UNE e Coordenador de Movimentos Sociais da JPT
Publicado no Página 13
Nenhum comentário:
Postar um comentário