Ato abaixo do Mausoléu Castelo Branco: barquinhos de papel levam imagem de desaparecidos políticos. Foto: Camila Garcia / OP |
As dores e o peso da Ditadura Militar não podem ser esquecidos. “Se não há justiça, há escracho!”, decide a frase-manifesto, estampada em tinta e bradada por militantes que, em diversos países da América Latina, agem para chamar atenção da população e do poder público para os crimes ocorridos durante o regime. Na semana em que se completam 49 anos da instituição do Golpe Militar no Brasil, o coletivo Aparecidos Políticos realiza uma série de atividades em Fortaleza, que tiveram início na segunda, 1º, e se estendem até amanhã, 4.
O objetivo é chamar atenção para os crimes ocorridos e que permanecem esquecidos nos “porões” da ditadura. Debater sobre os espaços de memória da cidade, cobrar ações do poder público de suporte às vítimas e mais transparência e efetividade da Comissão Nacional da Verdade (CNV) são também foco da programação.
Para intercambiar experiências e relatos, o Coletivo Aparecidos Políticos, que realiza o evento, convidou o Grupo de Arte Callejero (GAC), de Buenos Aires, para uma mini residência na Capital. O projeto foi contemplado pelo IV Edital de Concurso Público Leonilson de Artes Visuais (Categoria Pesquisa e Produção) da Secretaria Municipal de Cultura (Secultfor) e resultará também na ida do grupo cearense para a segunda fase do projeto na Argentina.
A agenda teve início na última segunda, 1º, com o lançamento do Dossiê Ditaduras na América Latina e a realização de mesa sobre as Comissões Universitárias da Verdade UFC/UECE. Um ato no prédio do Palácio da Abolição, o Mausoléu Castelo Branco, levou militantes presos no Ceará durante o período da ditadura, parentes de desaparecidos e estudantes a equilibrar nas águas da cascata barquinhos com fotos de desaparecidos políticos.
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Saiba mais sobre Aparecidos Políticos em: www.aparecidospoliticos.com.br
E sobre o grupo argentino Arte Callejero: http://grupodeartecallejero.blogspot.com.br/
Leia a matéria completa no Jornal O Povo
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