quinta-feira, 24 de maio de 2012

Dirigentes da CUT comemoram aprovação da PEC 438 contra o trabalho escravo no Brasil

Solaney (CUT) / Foto: Augusto Coelho
Por Marize Muniz

Após semanas de mobilizações e pressões de dirigentes CUTistas, de outras centrais, CPT e dos movimentos social e de direitos humanos, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (22) a PEC do Trabalho Escravo.

O texto da PEC estabelece que as propriedades rurais onde forem flagrados trabalhadores sendo explorados em condições análogas à escravidão, serão expropriadas depois que a sentença condenatória transitar em julgado.

Para conseguir um acordo entre as lideranças, o governo fez uma emenda na Lei 8257, conhecida como a Lei dos Psicotrópicos, que dispõe sobre a expropriação das propriedades rurais e urbanas onde se localizar culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo. Além disso, a nova redação estabelece que a expropriação, no caso de trabalho escravo, dependerá da sentença judicial condenatória nos termos do artigo 149 do Código Penal. O texto aprovado será devolvido para o Senado, onde as alterações serão analisadas.

Segundo o coordenador Geral da Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae), José Guerra, a emenda foi feita porque o governo não admitia a reivindicação dos ruralistas de que era preciso mexer no conceito de trabalho escravo. “O texto aprovado fortalece o conceito de trabalho escravo, que é respeitado mundialmente. Ou seja, reforçamos a linha do governo de que não se deve mexer no artigo 149 do Código Penal que trata justamente do conceito de trabalho escravo”.

(...)

“É uma vitória para os trabalhadores”, concorda Expedito Solaney (secretário Nacional de Políticas Sociais), que comemorou o fato do texto equiparar as terras onde tem plantação de psicotrópicos a terras onde for encontrado trabalho escravo para efeito de desapropriação. “É uma obrigação moral, é um dever do país, garantir essa arma de punição para os escravagistas”.


Leia matéria na íntegra no site da CUT Nacional

Nenhum comentário:

Postar um comentário