quinta-feira, 31 de maio de 2012

Recuperação do Pirambu é emblemática

Foto: Thiago Gaspar

Após décadas de pobreza, descaso governamental, degradação ambiental e violência, Projeto Vila do Mar se consolida como um dos mais emblemáticos investimentos do PAC no país, por meio da urbanização e requalificação de 5,5 quilômetros do litoral oeste da capital cearense

Por Cecília Figueiredo*

Numa das mais belas faixas litorâneas de Fortaleza (CE), encoberta por mais de cinco décadas de pobreza, descaso governamental, degradação ambiental e violência, vem se consolidando um dos mais emblemáticos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no país. O Projeto Vila do Mar, como foi batizado pela gestão da prefeita Luizianne Lins, com dimensões ambiental, social e econômica, reafirma a capacidade do modo petista de governar de inverter prioridades, por meio da urbanização e requalificação de 5,5 quilômetros do litoral oeste da capital cearense.

As obras de urbanização abrangem as praias da Barra do Ceará, Cristo Redentor e Pirambu, bairros que formam o Grande Pirambu. Aprovado em 2005 no Orçamento Participativo (OP), o projeto prevê investimentos de R$ 184,2 milhões, provenientes do PAC, do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social e de uma parceria com o governo do estado. “Esse é um projeto grandioso, ousado e caro. Na verdade, estão sendo investidos R$ 101 milhões do governo federal (PAC e FNHIS), R$ 27,7 milhões de uma parceria com o governo do estado do Ceará e R$ 55,5 milhões de contrapartida da Prefeitura de Fortaleza. Já estamos com todos os recursos garantidos e assegurados”, detalha Luizianne.

A ação era esperada havia mais de cinquenta anos pelos moradores do Pirambu. “Era um grande trecho da nossa orla que estava invisível aos olhos do poder público. O que estamos fazendo com o Vila do Mar demonstra a opção do nosso governo de priorizar a população mais pobre e em situação de risco”, diz a prefeita. Há mais de setenta anos no Pirambu, o morador e conselheiro do projeto José Maria Tabosa afirma: “Antes, olhávamos o mar de costas, hoje podemos olhar de frente”.

O projeto vem sendo discutido com a comunidade desde o princípio. “Quando assumimos, em 2005, fizemos uma escuta da comunidade – donas de casas, jovens, pescadores, trabalhadores em geral – e preparamos um projeto que atendesse às necessidades reais daquela população, que lutava por moradia digna e qualidade de vida”, diz Luizianne. “Por isso, a metodologia e a concepção de intervenção utilizadas no Vila do Mar privilegiam o espaço para habitação popular, e não para especulação imobiliária. Além das casas, proporcionamos aos moradores infraestrutura urbana, opções de lazer e espaços de convivência.”


*Cecília Figueiredo é jornalista.

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