quarta-feira, 2 de maio de 2012

Manifestações marcam 1º de maio

No mundo

As manifestações em Santiago, no Chile, foram violentas. Manifestantes e polícia se enfrentaram. Bancos foram depredados e mobiliários urbanos queimados. A polícia usou jatos de água para dispersar a aglomeração.

Trabalhadores e desempregados de Barcelona, na Espanha,
se reuniram em uma grande passeata no centro da cidade

O 1º de maio nos Estados Unidos foi marcado por protestos em várias cidades. Em Los Angeles, manifestantes reclamaram pelos direitos dos imigrantes, com cartazes que diziam: "Legalização sim, deportação não".

O presidente de Bolívia, Evo Morales, nacionalizou ontem a empresa Transportadora de Eletricidade S.A. (TDE), gerida pela Rede Elétrica Internacional - filial do Grupo Rede Elétrica, da Espanha - e ordenou às Forças Armadas sua ocupação.

No Brasil

Cerca de 4 mil pessoas se reuniram ontem em ato na Avenida Paulista, na capital de São Paulo. A manifestação foi realizado em defesa das lutas dos trabalhadores da cidade e do campo, e também levantou bandeiras pela juventude, mulheres e negros.

Vale do Anhangabaú, em São Paulo no 1º de maio

O ato teve inicio embaixo do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e, em passeata, foi até a Praça Roosevelt, no centro da cidade, com a presença de delegações internacionais de 20 países, entre elas, a Federação de Sindicatos Independentes, do Egito; a Union Solidaires, da França; e a Central Geral de Trabajadores, da Costa Rica.

No Ceará

Cerca de 10 mil pessoas participaram, ontem, da XXII Caminhada da Fraternidade, que celebra o Dia do Trabalhador na região do Cariri. A manifestação teve início no Crato, na Igreja de São Francisco, e percorreu as ruas da cidade até chegar ao Santuário de São Francisco, em Juazeiro do Norte. Neste ano, com a irregularidade das chuvas, os agricultores amargam uma das piores secas já registradas.

A safra está perdida em mais de 50% das culturas de milho e feijão, falta pasto para os animais e a pecuária enfrenta graves prejuízos. Devido ao fato de muitos agricultores estarem sobrevivendo com pouca água armazenada em reservatórios domiciliares, açudes e lagoas, a Pastoral da Terra está abordando, atualmente, a soberania alimentar por meio dos quintais produtivos das mandalas existentes na região, e a captação de água das chuvas, depositada em cisternas.

Cerca de 500 agricultores, sindicalistas, representantes de movimentos sociais, servidores públicos municipais, estaduais e federais também realizaram, na cidade do Icó, a tradicional manifestação de 1º de Maio. Os líderes apresentaram reivindicações ao Governo do Estado e à Prefeitura: distribuição de água por meio de carro-pipa, assinatura do decreto municipal de situação de emergência, prorrogação de dívidas agrícolas, liberação de crédito para aquisição de ração para o rebanho e construção de cisternas de placas.

O ato público é promovido pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Icó há 33 anos em parceria com outros sindicatos. Neste ano, a preocupação das lideranças foi com a seca que castiga a região. O tema central da manifestação foi "Construindo a história e resgatando a cidadania", em comemoração aos 40 anos de fundação do STR de Icó. Após concentração em frente ao sindicato, os manifestantes enfrentaram o sol quente e percorreram algumas ruas do centro comercial e do sítio histórico da cidade.

Com informações das Agências de Notícias

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